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Curiosidades / Destinos

Samba, sino e até cratera: Confira alguns patrimônios inusitados de São Paulo

Sino que anunciou a independência está entre patrimônios tombados

Sino que anunciou a independência está entre patrimônios tombados

Além de imóveis e lugares históricos, diversos outros locais também podem ser tombados de modo a preservar parte da memória dos municípios, além da trajetória da população do estado. Ritmos musicais, objetos, ilhas e outros itens incluem a lista do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), órgão responsável por proteger, valorizar e divulgar o patrimônio cultural no Estado de São Paulo. Confira quatro patrimônios inusitados selecionados pelo Conselho:

Samba paulista como Patrimônio Imaterial – O Samba Paulista é o primeiro patrimônio imaterial do Estado de São Paulo, oficialmente reconhecido pelo o Condephaat. O registro é uma maneira de guardar o desejo de uma comunidade em manter viva uma tradição, que pode vir a sofrer mudanças com o tempo. Outras práticas culturais do Estado também estão em estudo, como a Congada, o Virado Paulista, a Festa do Bom Jesus do Iguape e o Caminho dos Romeiros, além da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.

Cratera de Colônia (Parelheiros, São Paulo) – A Cratera de Colônia, localizada no extremo sul do município de São Paulo, foi descoberta acidentalmente em 1961, a partir de fotos aéreas. Com idade estimada de 36 milhões de anos pelos cientistas, possui formato circular, envolto por um anel externo de relevo colinoso que se eleva até 125 m da planície central pantanosa em uma superfície com 3,64 km de diâmetro. Embora ainda não tenham sido encontradas evidências conclusivas sobre a sua origem, desde os primeiros estudos foi caracterizada como um astroblema (cicatriz produzida na crosta terrestre pela queda de um meteorito gigante ou cometa). Entre outros valores significativos atribuídos à cratera, além do científico, pode-se citar a presença de cobertura vegetal de floresta úmida (arbórea nativa densa) e o fato da Cratera estar inserida em área de proteção de recursos hídricos da região metropolitana de São Paulo.

Sino que anunciou a Independência do Brasil (Largo Padre Péricles, Perdizes, São Paulo) – Pertencente à Igreja de São Geraldo, o sino encontra-se instalado em sua torre. É denominado Bronze Velho, desde os tempos em que pertenceu à antiga Catedral da Sé. Em 1913, com a demolição da catedral, foi transferido para o Mosteiro da Luz e, em junho de 1942, doado à Igreja de São Geraldo. Fundido em bronze misturado a 18 kg de ouro, com uma altura de 1,75 m por 1,70 m de diâmetro, o sino pesa 2.250 kg. Foi fundido por Francisco Chagas Sampaio em 1820. No sino estão gravados o nome do autor, as armas do Reino de Portugal e trecho do salmo 150.

Terreiro “Axé Ilé Obá” (Jabaquara, São Paulo) – O tombamento do terreiro “Axé Ilé Obá” busca valorizar a importância de religiões de origem negra para a formação da identidade cultural brasileira. A criação do local data da década de 1950, quando Caio Egydio de Souza Aranha fundou o Centro de Congregação Espírita Pai Jerônimo, no Brás. Por questões de saúde interrompeu suas atividades, retomadas na década seguinte, no Jabaquara. Neste novo terreiro, dedicou-se ao ritual caboclo, característico da Umbanda, e ao Candomblé, cuja iniciação aconteceu no terreiro Engenho Velho, Aché de Tia Aninha, renomada Ialorixá da Bahia. Na década de 1970, com um número muito grande de adeptos, pai Caio resolveu ampliar suas instalações construindo, com fundos arrecadados pela comunidade, uma ampla sede para a sua congregação, inaugurada em 1977.

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