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Hotelaria / Política

ABIH questiona parceria entre prefeitura do Rio de Janeiro e Airbnb

Manoel Linhares, presidente da ABIH Nacional

Manoel Linhares, presidente da ABIH Nacional

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional) emitiu nota na manhã desta terça-feira (01) para manifestar indignação a respeito de um acordo entre a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro e o Airbnb. Para o presidente da entidade, Manoel Linhares, a parceria ignora o setor hoteleiro, uma vez que, segundo ele, a empresa não contribui formalmente com o crescimento econômico da cidade.

Linhares reitera que a notícia da parceria é um “balde de água fria para o setor”, que faz investimentos milionários na cidade em equipamentos turísticos e amarga ocupações baixíssimas desde o início da pandemia. A ABIH lembra que pelo menos oito empreendimentos hoteleiros da cidade já foram fechados desde março de 2020 e o setor registrou neste primeiro ano pandêmico cerca de R$ 1,6 bilhão em prejuízos.

RECUPERAÇÃO LENTA

Manoel Linhares estima que a recuperação total da hotelaria pode demorar até quatro anos e dependerá diretamente da retomada da economia e da atuação da Prefeitura no fomento ao calendário de eventos e de ações promocionais. Ressalta também que representantes do setor hoteleiro da capital têm pleiteado junto aos governantes maior flexibilização dos encargos para o setor.

“A posição da hotelaria é bem clara e não é de hoje que o assunto vem sendo debatido, inclusive no âmbito judicial. Não somos contra qualquer forma de locação por temporada ou via plataforma de hospedagem, a nossa única exigência é a igualdade tributária. Este tipo de comercialização de apartamentos não contribui com ISS, não paga cotas residenciais de IPTU e não gera empregos formais, encargos que incidem fortemente nos hotéis. Fora isso, a hotelaria segue uma série de normas regulatórias e infinitas vistorias dos órgãos públicos que garantem maior segurança, evitando até mesmo situações como prostituição, abuso sexual contra menores e tráfico de drogas, que são facilitadas nas acomodações alternativas. Já que a prefeitura está priorizando as hospedagens por plataforma para sair da crise, nada mais justo que as exigências legais sigam os mesmos parâmetros exigidos aos hotéis. Outra alternativa é a prefeitura agir como facilitadora para a conversão dos hotéis em residenciais com serviços, dando uma alternativa aos empresários que estão vendo seus negócios se dissolverem”, ressaltou Manoel Linhares.

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