Com a escolha de Daniela do Waguinho para assumir o cargo de ministra do Turismo a partir de 1º de janeiro, entidades do trade já começam a se articular para apresentar as demandas do setor à nova comandante da pasta.
“Ela não é, necessariamente, uma neófita no turismo, o partido dela tem algumas inter-relações com o turismo. Temos que dar um crédito a ela. Daniela é campeã de votos no estado, a deputada mais votada do Rio de Janeiro, isso comprova que ela tem estratégia e faro político. Vamos utilizar pessoas que têm acesso a ela para marcar uma reunião assim que possível”, afirma o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio.
Na visão dele, ter uma ministra oriunda do Rio de Janeiro é, de certa forma, uma vantagem. “Esperamos ter um acesso facilitado e ver o que ela pensa. Sendo uma pessoa democrática, ela certamente vai querer ouvir o trade. Ela terá condições de levar os pleitos do setor para dentro do parlamento e ali fazer valer junto ao governo federal as prioridades e demandas do setor. Trata-se de uma incógnita, mas temos fé”, avalia Sampaio.
“Temos que dar um crédito a ela. Daniela é campeã de votos no estado, a deputada mais votada do Rio de Janeiro, isso comprova que ela tem estratégia e faro político”
Segundo ele, a expectativa é que em 2023 o novo governo entenda o turismo como um setor pleno de atrativos, que tem toda condição de fazer um turismo massivo, com vários níveis de custos. “Como a América do Sul não vive um bom momento, não vamos conseguir fazer com que a Argentina supra a demanda internacional que não estamos recebendo. Por outro lado, vale destacar que o sucesso da vacinação no Brasil, com quase toda população imunizada, nos permite receber pessoas o ano inteiro, dado o clima ameno que temos e à variedade de atrativos que possuímos. O governo precisa investir nisso”, salienta o presidente da FBHA.
Alexandre Sampaio é enfático ao afirmar que “turismo não é lazer, turismo é negócio” e complementa: “Se conseguirmos fazer com que o turismo interno seja mantido e aquecido, se conseguirmos atrair novas companhias internacionais para voar para cá, teremos um crescimento que vai gerar renda, emprego e desenvolvimento para o país”.
Essa é apenas uma parte do nosso papo com ele, a entrevista completa você lê na página 3 da nossa próxima edição digital que estará no ar no próximo dia 1º de janeiro.