SÃO PAULO – O presidente executivo do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), Orlando de Souza, apresentou o panorama atualizado sobre a real situação da hotelaria brasileira, durante o painel “Tendências na Hotelaria” do 6º Expo Fórum Visite São Paulo, que também contou com a presença de Cristiano Vasquez, do HotelInvest. Segundo Orlando, a chegada de novos meios de hospedagem além dos hotéis acaba trazendo mais benefícios do que malefícios.
“Os novos meios de hospedagem, embora tomem parte da demanda existente, também induzem a chegada de novas demandas. Se formos analisar, é pequena esta fatia em relação ao desenvolvimento do Turismo como um todo e na geração da demanda”, disse Orlando. “E por outro lado, o que estamos vendo é uma boa perspectiva de rentabilidade para hotéis já em operação, mas não é tão boa assim para a construção de futuras unidades. É difícil fazer hotelaria com esta taxa de juros”, complementou.
O Brasil hoje conta com 14 hotéis e 3.083 unidades habitacionais em desenvolvimento, com 59% da oferta destinada ao segmento econômico. Outros 31% das novas unidades habitacionais são focadas no Luxo e outros 10% são do Midscale.
Cristiano Vazquez, do HotelInvest, por sua vez, destacou o crescimento expressivo de ocupação, diária média e RevPAR nas dez principais cidades brasileiras. “São Paulo foi uma das cidades que mais se destacou. A ocupação pulou de 60 para 62%, enquanto o crescimento de diária média chegou a 25% além da inflação, resultado influenciado também pelo Perse. O que vimos neste ano é que a ocupação cresceu muito e depois se estabilizou, enquanto a diária média segue crescendo”, destacou.
MAIS HOTÉIS EM CIDADES MENORES – A nova oferta prevista até 2027 está distribuída em 93 cidades do país. E as cidades com mais de 1 milhão de habitantes perderam participação, enquanto as cidades com até 100 mil moradores ganharam destaque neste desenvolvimento de novos hotéis. Em 2022, elas representavam 24% da nova oferta, sendo que agora totalizam 35%.