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Hotelaria / Política

FBHA condena decisão do governo de voltar a exigir vistos de turistas dos EUA, Japão, Canadá e Austrália

Alexandre Sampaio fbha CNC 2021 - Créditos Marcelo Freire (3)

Alexandre Sampaio, presidente da FBHA (Marcelo Freire)

A Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) condenou a decisão do governo brasileiro de voltar a exigir vistos para turistas vindos dos Estados Unidos, Austrália, Canadá e do Japão. De acordo com a federação, a medida tem como justificativa um princípio jurídico, de Direito Internacional, que norteia as relações diplomáticas entre Estados Soberanos, a reciprocidade, inexistente entre tais países e o Brasil, quanto à dispensa de vistos para turismo.

Até então, a isenção da necessidade de vistos para viajantes dessas nacionalidades foi concedida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2019, através de um decreto presidencial, embora não haja tratado que assegure a reciprocidade entre tais países e o Brasil, quanto à necessidade de visto para o turismo. O atual presidente, Lula (PT), anunciou que reverterá essa situação, usando a narrativa da ausência da reciprocidade, já que os Estados Unidos e os demais países envolvidos, cobram visto dos brasileiros.

“Uma decisão desse porte precisa ser tomada com cautela e avaliada junto a todos os representantes do turismo brasileiro”

Para Alexandre Sampaio, presidente da FBHA, essa revogação prejudicará a relação com esses países, uma vez que, diante da burocracia, não será mais atrativo para estrangeiros visitarem o país, desestimulando o turismo internacional em solo brasileiro.

“Um exemplo: a Itália não exige visto de brasileiros. Assim, com base num tratado entre Itália e Brasil, o Brasil também não exige visto de italianos. É uma relação de troca e de respeito, mas que não precisa, necessariamente, ser observada com os EUA, Japão, Austrália e Canadá, pois a exigência de visto para turistas desses países, somente trará prejuízo para o Brasil. A volta desta exigência vai impactar no lazer e, em parte, na economia”, comenta Sampaio.

O trade turístico pretende se unir e mobilizar forças para que essa medida não seja revogada. “Uma decisão desse porte precisa ser tomada com cautela e avaliada junto a todos os representantes do turismo brasileiro. Não podemos permitir mais gargalos para o pleno funcionamento do setor”, finaliza o presidente.

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