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Hotelaria / Política

FBHA: linhas de crédito não chegam ao setor de Turismo

Alexandre Sampaio, presidente da FBHA

Alexandre Sampaio, presidente da FBHA

A Medida Provisória nº 963 foi a responsável por abrir o crédito extraordinário no Orçamento deste ano para a retomada do setor de Turismo. No entanto, de acordo com a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), os empresários do Turismo brasileiro criaram, mais uma vez, falsas expectativas quanto à disponibilização de crédito prometida pelo governo federal, já que há queixas de que o dinheiro não chega aos empreendimentos que precisam de ajuda neste momento.

Para a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), o crédito é urgente, levando em consideração o alto número de empresas que já fecharam as portas desde o início da pandemia. “O crédito precisa chegar ao empresário, caso contrário, a situação se deteriorará. Não temos como manter as atividades sem verba. Aguardamos a entrada deste dinheiro para movimentar a economia do setor e, consequentemente, de todo o país. O momento pede calma, mas exige, em uma escala maior ainda, um suporte mais efetivo”, explica Alexandre Sampaio, presidente da FBHA.

O Senado aprovou, nessa quarta-feira (2), o programa que destina R$ 5 bilhões para reduzir os impactos da pandemia. E de acordo com os dados da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira, da Câmara dos Deputados, apenas R$ 1,4 bilhão está empenhado, sendo que o valor efetivamente pago corresponde a R$ 418,4 milhões.

A FBHA lembra que o setor, responsável por movimentar cerca de 8,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, pede urgência no atendimento à demanda e, além disso, clamam por atenção devido à delicadeza gerada neste momento por conta da baixa movimentação turística ocasionada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

“Fechamos cerca de três mil empresas e já demitimos quase 30 mil trabalhadores no nosso setor. A situação é crítica! O dinheiro precisa chegar ao empresário. Em Brasília, apesar de já estarmos abertos há, mais ou menos, 40 dias, ainda não temos um movimento significativo. Os clientes de bares, hotéis e restaurantes estão receosos por conta da pandemia”, informa Jael Antônio da Silva, presidente do Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do DF (Sindhobar-DF).

A FBHA informou ainda que a ideia da MP 963, ao ser validada, era direcionar a verba para o Ministério do Turismo (MTur), por meio de recursos supervisionados pelo Fundo Geral do Turismo (Fungetur). A vigência seria imediata, pois o instrumento possui força de lei. Entretanto, ainda com a validação, os empresários não conseguem o acesso às contas para desenvolver a necessária retomada do setor.

Pronampe

Outra queixa recorrente se dá por conta do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). As empresas cadastradas, em grande maioria, reclamam do crédito que não chega às contas.

“Estamos em uma situação de exceção, portanto, o Pronampe deve ser tratado desta forma dentro das linhas de crédito. O dinheiro raramente chega em quem está precisando e, quando chega, não é o suficiente. Os bancos pedem retribuições e, além disso, se baseiam em uma operação convencional. Vemos que as pessoas que estavam com o estabelecimento fechado há quatro meses, sem receita, não recebem o crédito. O dinheiro não vai para quem mais precisa”, conta Henry Chmelnitsky, presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região (Sindha).

 

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