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Feiras e Eventos / Hotelaria / Serviços

Localiza, Intercity, Travel Ace e A1 demonstram otimismo para 2021

Café para Viagem A1 Dezembro

Participantes do ‘Café para Viagem’ de dezembro

A percepção dos participantes da edição de dezembro do “Café para Viagem”, organizado pela A1 na última semana, é de que terminamos 2020 com uma ascensão no turismo. Participaram do encontro Alexandre Gehlen, diretor geral da Intercity Hotéis e presidente do Conselho do Fohb, Jonathas Soeiro, gerente de Vendas Regional da Travel Ace, Thiago Roldão, gerente Nacional Travel, e Augusto Bezerra, gerente de Vendas da Localiza, e Lorena Ávila e Dedra Freitas, da A1.

Alexandre Gehlen relembrou que 2020 começou com ótima expectativa para a Intercity Hotéis, depois de um 2019 de crescimento com reajuste de tarifas em relação à inflação, represado nos anos anteriores. Mas a covid-19, naturalmente, alterou o cenário. “No nosso caso, as tarifas foram reduzidas em 14%, 15%, mas houve muita flutuação. Para 2021, não esperamos crescimento [em relação a 2019], mas esperamos chegar a 90% do que foi 2019”.

Entre tantas mudanças que 2020 trouxe para o negócio, Alexandre mencionou a redução no quadro de funcionários e a mudança no perfil do viajante. Antes da crise, 50% do inventário era usado por grandes companhias, e os outros 50% era usado por profissionais liberais, com tarifas flutuantes, ou para lazer.

Para a Localiza, 2020 foi uma montanha-russa que termina em alta, com uma importante mudança de posicionamento: “Deixamos de ser um outsider no mercado de turismo”, crava Thiago Roldão, gerente Nacional Travel da locadora. “Antes, muitas agências se limitavam a vender passagem aérea e hotel, e o cliente também não tinha tanta familiaridade com aluguel de carros. A crise mudou esse comportamento”, analisa. Hoje, a demanda por veículos é alta porque algumas pessoas estão preferindo dirigir a pegar avião, e também porque muitas rotas aéreas foram canceladas ou reduzidas.

A locadora teve muitas mudanças de perspectivas durante o ano, que começou com grande otimismo, passou por um período de pátios lotados e termina com grande demanda. “Nenhum especialista poderia prever esse cenário, o que estamos vivendo é algo único”, reconheceu Augusto Bezerra, gerente de vendas da Localiza. Ele contou que o ano começou bem mas, assim que a crise chegou, os pátios da locadora ficaram cheios.

Jonathas Soeiro, gerente de Vendas Regional da seguradora Travel Ace Assistance, acredita que os seguros nacionais sairão da crise com uma nova importância, apesar da grande vontade do brasileiro de viajar ao exterior: “As pessoas querem viajar, mas as fronteiras fechadas impedem esse movimento”. Ele lembrou ainda que um dos maiores desafios da pandemia foi encontrar uma saída legal para cobrir a Covid-19, já que é praxe das seguradoras não cobrir eventos adversos como pandemias, ataques terroristas ou grandes desastres naturais.

A A1 também compartilhou a jornada que as gestoras de viagens estão tendo desta crise. No geral, todos os participantes acreditam que a cultura brasileira, que valoriza o contato presencial e a proximidade, será um trunfo para o turismo no país. “Inserir a cultura virtual aqui parece muito mais difícil do que em outros países. Sorte nossa de estarmos nesse negócio aqui”, finalizou Lorena Ávila, sócia da A1.

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