As plataformas desativadas da Petrobras podem ser utilizadas como complexos turísticos, de acordo com a indicação (INS), do senador petista Rogério Carvalho, encaminhada, agora em setembro, à presidente da empresa, Magda Chambriard.
Na avaliação de Carvalho, os equipamentos poderiam ser reaproveitados para outras aplicações, o que evitaria a necessidade de desmontagem e transporte da sucata para o continente.
Entre as atividades que poderiam ser desenvolvidas nas plataformas desativadas, o parlamentar sugere a instalação de complexos turísticos com hotéis, restaurantes, teleféricos e experiências de mergulho e pesca.
“Esta última alternativa está sendo implementada no Golfo Pérsico pela Arábia Saudita. É o complexo chamado The Rig, construído a partir de plataformas de exploração de petróleo descomissionadas. Com previsão de inauguração em 2032 e localizado a 40 quilômetros do litoral saudita, o complexo foi planejado para se tornar uma importante atração turística, com foco em esportes de aventura”, justificou.
Para o senador, iniciativa semelhante poderia ser desenvolvida em plataformas desativadas na costa do Nordeste brasileiro. “As águas quentes, as temperaturas amenas, a presença constante do sol e a inexistência de fenômenos atmosféricos extremos na área das bacias produtoras poderiam ser aproveitadas em prol do turismo”, argumentou.
O parlamentar lembra que o encerramento da produção de petróleo e gás “gera impactos econômicos e sociais negativos” para municípios e estados confrontantes, que deixam de receber os royalties. Para ele, o impacto seria mitigado com “atividades alternativas, perenes e ambientalmente sustentáveis, como o turismo em alto mar”.
Alto custo – Apenas para interromper definitivamente as operações de 23 plataformas, a Petrobras prevê gastar US$ 11 bilhões entre 2024 e 2028, de acordo com o plano estratégico da empresa. Esse processo é feito quando há esgotamento da capacidade produtiva do campo de petróleo, o que pode acontecer antes do término da vida útil da estrutura.