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Hotelaria

Roberto Gracioso: “hotelaria de SP tomou uma flechada no coração”

Roberto Gracioso

Roberto Gracioso

A recuperação dos hotéis está apenas no começo, especialmente para grandes centros, como São Paulo, por exemplo. Esta é a opinião de Roberto Gracioso, responsável pelos estudos da ABIH-SP e com 23 anos de atuação na hotelaria da capital paulista. Para ele, há uma grande dependência das viagens corporativas e dos eventos – setores que ainda engatinham após o retorno das atividades.

“No estado de São Paulo, cidades como a capital, Campinas e Ribeirão Preto, por exemplo, que são pólos corporativos, tomaram uma verdadeira flechada no coração”, definiu. Gracioso explicou que a hotelaria tem – usualmente – quatro curvas de faturamento: hospedagem, eventos, alimentação e extras. “Como os eventos impulsionam a hospedagem, que por sua vez, impulsionam a alimentação e os extras. Os eventos estão começando agora, mas estão próximos de zero e a hospedagem caiu em média 70% no estado”, complementou.

Para o executivo, há sim sinais de retomada. No entanto, eles ainda são lentos e a ocupação deve começar a voltar a níveis “lucrativos” somente no segundo trimestre de 2021. “Em setembro, registramos uma queda de 70%, mas em termos de receita, o tombo beira os 90%. Para muitos hotéis, isso pode ser um golpe fatal. AS MPs ajudaram, mas não isenta os hotéis dos seus custos fixos de estrutura”, analisou.

Resorts e novas atividades

Se o corporativo passa por sérios problemas, a empreendimentos que já começaram a retomada. Para Gracioso, resorts de veraneio e pólos como o Litoral Norte e os Circuitos das Águas, por exemplo, já contam com ocupações maiores. Por outro lado, estes e outros meios de hospedagem estão também buscando oferecer novas experiências. “Como não há neste momento o momento férias e há uma necessidade das pessoas em sair de casa, os hotéis estão oferecendo estrutura de home office e homeschooling, o que tem dado bons resultados”, afirmou.

Novos desafios

Recentemente, Roberto Gracioso encerrou um ciclo de 23 anos no Grupo WZ. Ele atuava como gerente de Marketing e Vendas do hotel Century Paulista, mas lembra que tem oito anos de experiência como gerente geral e 15 anos na gestão comercial. Neste período, foi responsável pela reestruturação e reposicionamento dos empreendimentos hoteleiros do grupo em São Paulo.

“Só tenho agradecimentos a fazer ao grupo. Neste momento delicado, eu e me solidarizo com a empresa, porque o mercado da hotelaria está muito complicado. Meu desligamento foi amigável, um acordo de cavalheiros. Estou aberto a novas propostas, mas sei que a retomada do setor virá apenas no segundo trimestre de 2021”, afirmou.

Anote os contatos de Roberto Gracioso: [email protected]

 

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