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Destinos / Feiras e Eventos / Hotelaria / Turismo em Dados

Taxa de ocupação hoteleira nacional despenca sem Carnaval, calcula ABIH

Carnaval impulsionou resultados da hotelaria em Salvador

Sem Carnaval, ABIH clama por ajuda ao setor hoteleiro

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis fez um levantamento sobre ocupação nacional dos hotéis para o carnaval 2021, mesmo com as restrições e cancelamentos da festa em grande parte do país. Segundo a ABIH, os números em todo o país estão muito abaixo dos índices de 2019 e de anos anteriores devido aos efeitos da pandemia.

Na cidade do Rio de Janeiro, com o cancelamento do Carnaval pela Prefeitura, a ocupação não deve ultrapassar os 50%. Em 2020, a ocupação nos hotéis cariocas tinha ficado, em média, em 93%, chegando perto de 100% durante o período. A ocupação neste verão, por sua vez, vem sendo de 40%.

Em São Paulo, na capital, no segundo semestre de 2019 a ocupação média ficou em 20% e as perspectivas de melhora são somente para o segundo semestre, com a volta dos eventos. No Carnaval, o estado segue a mesma tendência do Rio de Janeiro. Com o cancelamento da festa oficial e de qualquer evento e também do ponto facultativo na capital, a cidade deve ter uma ocupação muito abaixo de anos anteriores.

No Ceará, o Carnaval, que está suspenso pelo governo do estado, em anos anteriores chegava em média a 70%, mas nesse ano, a expectativa é atingir apenas 40%; A cidade de Fortaleza terá índices muito menores que em anos passados: em janeiro atingiu apenas 55%.

Em Salvador, principal destino baiano no período, e em diversas cidades, com a suspensão das festas de Carnaval, a ocupação hoteleira na Bahia, durante toda a alta temporada, deve ficar em cerca de 70% menor do que foi em 2020. A ocupação em dezembro foi de 50%, enquanto o esperado era chegar a 70%.

O cenário é semelhante em Pernambuco, com o cancelamento das prévias e das festas de Carnaval pelas autoridades, a ocupação hoteleira durante as festas que em anos anteriores nos principais destinos do estado, Recife e Porto de Galinhas chegava a 97%, em 2021 não deve ultrapassar os 60%. No Rio Grande do Norte, a ocupação está em 55% na alta temporada e deve manter esses números para o Carnaval.

Em Alagoas, também não haverá programação de Carnaval e a definição do ponto facultativo ficará a critério dos municípios. Em Maceió, a Prefeitura decidiu manter o ponto facultativo, atendendo a uma mobilização do setor de turismo. Dessa forma, o feriado está garantido, embora as aglomerações como prévias carnavalescas, blocos de rua e trios estejam proibidas. A expectativa de ocupação é de 70% para o período.

Em Santa Catarina também há queda na comparação com o ano passado. Em 2020, janeiro teve 79% de ocupação, contra apenas 48% esse ano. Os destinos de praias tiveram maior ocupação (53%), assim como no Centro (49%). Os piores resultados foram registrados no continente (36%).

Porto Alegre também registrou baixa ocupação em janeiro, ficando em torno de 25%, uma queda de 30% em relação a 2020. Uma das cidades mais procuradas do Rio Grande do Sul, Gramado, no primeiro mês do ano, ficou em 45%, menos da metade da ocupação total registrada no ano passado. Para fevereiro, o cenário não deve mudar, pois na capital vários hotéis seguem fechados, enquanto no principal destino do interior a ocupação não deve ultrapassar os 25%.

No Mato Grosso do Sul, a hotelaria vem trabalhando com cerca de 30% de ocupação. No Mato Grosso, a expectativa é que o Carnaval também não tenha muita movimentação, pois Cuiabá já decretou estado de emergência e o governador suspendeu o ponto facultativo no período.

O presidente da ABIH Nacional, Manoel Linhares, afirma ser urgente que o governo federal lance medidas para salvar o setor. “Para que o turismo e a hotelaria consigam sobreviver, precisamos de medidas assertivas como a suspensão da cobrança das parcelas dos fundos de financiamentos também em 2021 – como foi feito a partir de abril até dezembro de 2020 – e a reprogramação dos pagamentos a partir de 2022”, afirmou o presidente da ABIH Nacional.

“A hotelaria nacional, principalmente nos destinos coorporativos, ainda não conseguiu chegar nem perto de 20% dos números alcançados em 2019 e a atual taxa de ocupação, na maioria absoluta dos hotéis, não cobre sequer seus custos operacionais”, completou Manoel Linhares.

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