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Política

Domingos Leonelli ganha apoio de Oreni Braga para candidatura à presidência do Fornatur

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A presidente da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur); Oreni Braga; que havia anunciado sua candidatura à presidência do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur); divulgou hoje que está abrindo mão da sua candidatura para apoiar a do secretário de Estado de Turismo da Bahia; Domingos Leonelli. Ambos haviam anunciado no dia 17 deste mês a intenção de participar do pleito; que será realizado na reunião do Fórum; entre os dias 14 e 16 de junho; durante o Festival de Turismo das Cataratas; em Foz do Iguaçu; para a sucessão da atual presidente; Nilde Brun; do Mato Grosso do Sul.

No dia 23 deste mês; Domingos Leonelli havia divulgado carta onde apontava a importância e os seus planos para o Fornatur. Confira; o documento na íntegra; a seguir:

“Sobre o Fornatur

Apresento aqui algumas reflexões sobre o Fornatur; independentemente de quem venha a ser o presidente do mesmo. Essas ideias são frutos desses quase cinco anos de participação no colegiado.

O Fórum Nacional de Secretários de Turismo tem cumprido; desde a sua fundação no ano de 2000; um importante papel na arquitetura institucional do turismo no Brasil. Embora composto por dirigentes demissíveis ad-nutum e; por isso; mutável a cada quatro anos; ou a intervalos menores em caso de substituição de secretários; o Fornatur exerce sua missão institucional; inclusive na representação dos estados no Conselho Nacional do Turismo. Dentre os méritos do Fornatur está o de propiciar um espaço de cooperação – e até de amizade – num ambiente altamente competitivo; onde cada secretário tem a obrigação de puxar a sardinha para o governo do seu estado. É muito bom a gente sentir que o Brasil vale mais e é possível a união.

Prestigiado; sempre; pelo Ministério do Turismo; que comparece às suas reuniões e informa sobre programas já lançados ou em lançamento; o Fornatur perde; no entanto; a oportunidade de exercer um papel mais reivindicante junto ao Governo Federal. Reduzindo o seu espaço “interno” de debates; e não unificando as propostas mais amplas; o Fornatur perde a oportunidade de estabelecer um saudável sistema de pressões democráticas tipo Fornatur – MTur – Planejamento – Fazenda.

Penso também que o turismo brasileiro precisa falar mais com o mundo econômico; com a sociedade e com o conjunto dos governos. Vencer o preconceito ainda existente entre intelectuais; tecnocratas e dirigentes econômicos e sociais que não percebem a dimensão estratégica do turismo que está entre os maiores geradores de empregos no Brasil. E; também; como atividade econômica com o maior círculo virtuoso nos planos ambiental; cultural; de integração social e inclusão produtiva. A atividade que transforma o “olhar estrangeiro” (viajantes e visitantes do Brasil e do mundo) em fator de consciência histórica dos povos e de elevação de sua autoestima.

Mas se não conseguimos demonstrar de forma muito clara para a sociedade e para o conjunto das estruturas governamentais a importância econômica do turismo; todos esses aspectos culturais e sociais ficam em segundo plano. Vem daí a relevância de um tema como a Conta Satélite.

Através da Conta Satélite – a contabilidade econômica e social do turismo – governo e sociedade saberão o quanto o turismo brasileiro pesa. E aqui se aplica o famoso bordão “vale o quanto pesa”. A última reunião do Fórum em Campos do Jordão aprovou; no final do encontro; é verdade; nossa sugestão de acelerar o processo de início da Conta Satélite pelo IBGE; com a realização de uma grande pesquisa de contas sobre toda a cadeia produtiva do turismo; incluindo; e não excluindo como é feito hoje; os elos que não entram com ATPs; atividades típicas do turismo. Por uma razão simples: é possível imaginar um hotel sem TV; sem computador; sem máquina de lavar e sem consumo de bebidas?

Esta grande pesquisa que o Ministério do Turismo; o IBGE; o IPEA e as instituições de pesquisa que trabalham no setor; como a FIPE; poderiam realizar imediatamente seria um fator de ultrapassagem dos obstáculos – respeitáveis; mas superáveis – que hoje se apresentam à Conta Satélite.

Temos outros temas igualmente relevantes que poderiam constituir-se em uma pauta de prioridades para o Fornatur; algumas já em andamento; outras a iniciar: as leis estaduais do turismo que completem e sejam mais precisas que a Lei Geral; grande conquista do setor; é um exemplo. A inclusão do turismo receptivo internacional como produto de exportação. A ampliação considerável (e submetida à estratégia do Plano Nacional de Turismo) das verbas descentralizadas; tanto a nacional como a internacional. A questão tributária que possibilite a cobrança de impostos (ICMS e ISS) nos locais onde se dá o fato gerador das operações. A aviação regional e o desafio do crescimento do turismo internacional.

Há; também; questões internas que precisam ser tratadas. Tal como propus na CTI Nordeste; creio que vamos precisar olhar um pouco para o funcionamento do Fornatur. Reuniões mais produtivas; com tempo suficiente para o debate. Papel e prestação de contas do Inforum. Reuniões técnicas com nossos assessores para prepararmos nossas reuniões formais do Fórum; que nos possibilitem decisões estratégicas mais consistentes. Estabelecimento de uma direção mais colegiada do Fórum (presidente e vices) com reuniões mensais e permanente contato.

Domingos Leonelli

Secretário de Turismo do Estado da Bahia”

Domingos Leonelli

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