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Sem recursos, Brasil estará fora das feiras internacionais (Arquivo/M&E)
A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) voltou às suas redes sociais, nesta sexta-feira (5), para detalhar a proposta que destina 5% da verba do Sesc/Senac para o órgão promover o turismo internacional do Brasil. Uma vez mais, a agência esclarece como este recurso é importante para a economia e o desenvolvimento do país e porque a escolha justamente da verba do Sesc/Senac para compor este orçamento
E ao contrário do que argumenta a CNC e o Sesc/Senac, a Embratur reafirma que a contribuição não prejudica as atividades das entidades. Numa postagem em formato de carrossel no Instagram, a agência faz com que os seguidores entendam a proposta, o porquê ela foi apresentada e por qual motivo Sesc e Senac foram escolhidos. “Há muita desinformação sobre a MP que destina 5% do Sesc e do Senac para a Embratur promover o turismo internacional no Brasil”, informou.
Embratur afirma que não terá orçamento para investir na atração de turistas estrangeiros e irá parar totalmente suas ações de promoção. “O número de turistas que nos visitam irá cair, gerando desemprego e fechando estabelecimentos pelo país”
A Embratur informa que o objetivo da proposta foi garantir a destinação de 5% da arrecadação com contribuições sociais do Sesc e Senac para a Embratur financiar a promoção internacional do Turismo. “Desde 2019, quando deixou de ser autarquia federal e foi retirada do orçamento da União, a Embratur não tem uma fonte de financiamento permanente. Sem dinheiro para investir, não é possível chamar a atenção dos turistas para visitarem o Brasil“, destacou.
Por que a escolha do Sesc e Senac?
Marcelo Freixo, presidente da Embratur, tem recursos como sua prioridade (Eric Ribeiro/M&E)
Segundo a Embratur, a proposta foi elaborada em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas. A escolhe pelo Sesc e Senac é o mais justo, de acordo com a agência, porque o recurso vem do setor que se beneficia com a atuação da Embratur. “Ao todo, são 359 atividades de serviço e comércio que lucram com o turismo. Quando mais estrangeiros visitam nosso país, aumenta a demanda destes setores, que faturam mais e contratam mais trabalhadores”, informou.
Ainda de acordo com a agência, cresce também a contribuição social sobre a folha, que é a principal fonte de receita do Sesc/Senac. “O valor investido volta, mas, no caminho, gera mais emprego para milhões de brasileiros”, destacou.
E se a proposta não for aprovada?
Caso a proposta não seja aprovada pelo Senado Federal (já foi aprovada pela Câmara dos Deputados), a Embratur afirma que não terá orçamento para investir na atração de turistas estrangeiros e irá parar totalmente suas ações de promoção. “O número de turistas que nos visitam irá cair, gerando desemprego e fechando estabelecimentos pelo país”, informa.
“A cada R$ 1 investido na promoção internacional do turismo, R$ 20 entram na economia através do consumo de quem nos visita. O setor mais beneficiado é o de comércio e serviços. O turismo garante a renda de 14 milhões de pessoas em todo o país. E o aumento do consumo com a vinda de turistas estrangeiros faz o comerciante vender mais e o trabalhador ter mais oportunidade. Além disso, tanto o poder público, quanto o Sesc e o Senac vão arrecadar mais com o movimento da economia”, diz.
A proposta prejudica os serviços prestados pelo Sesc e Senac?
Segundo a Embratur, não! “O valor destinado à Embratur é muito menor até mesmo que o lucro dessas entidades com cobrança de alugueis e aplicações financeiras sobre os R$ 15 bilhões que estão acumulados em caixa. Não é verdade que a iniciativa prejudicará a distribuição de alimentos e provocará desemprego. Esse debate precisa ser feito com base em fatos, não em desinformação e sensacionalismo”, informa a agência, em nota.
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