Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Política

PF explica detalhes da operação Voucher, que prendeu 6 do MTur

Diretor da Polícia Federal, delegado Paulo de Tarso Teixeira

Diretor da Polícia Federal, delegado Paulo de Tarso Teixeira


A Polícia Federal realizou na tarde desta terça-feira (09/08), coletiva de imprensa para explicar a “Operação Voucher” que investiga o convênio do Ministério do Turismo e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), organização sem fins lucrativos. A ação desencadeada na manha de hoje, em Brasília, São Paulo e Macapá (AP), acarretou, até o momento, na prisão de 35 pessoas – do total de 38 mandados, sendo seis integrantes do MTur e os demais ligados ao Ibrasi.

A operação contou com 19 mandados de prisão preventiva, sem prazo determinado, e outros 19 de prisão temporária, de cinco dias prorrogáveis por mais cinco dias. Dentre os presos preventivamente estão o secretário-executivo, Frederico Silva da Costa, o Secretário Nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, e o ex-presidente da Embratur, Mario Moysés. A participação de cada suspeito está em segredo de justiça, mas o diretor da Polícia Federal, delegado Paulo de Tarso Teixeira, adiantou que as prisões preventivas foram determinadas para aqueles que contam com provas mais robustas. Os presos preventivamente serão encaminhados ao Amapá, já os temporários ficarão em seus estados.

A “Operação Voucher” foi realizada pela superintendência regional da PF no Amapá, com o apoio das superintendências regionais de São Paulo e do Distrito Federal. De acordo com o delegado, somente na manhã de hoje o ministro do Turismo, Pedro Novais, e a presidenta Dilma ficaram sabendo da operação.

O delegado afirmou que cerca de 1.900 pessoas foram beneficiadas com o desvio de pelo menos 2/3 do valor do convênio, sendo que apenas 1/3 do total de R$4,4 milhões foram aplicados efetivamente. O acordo foi firmado em 2009, com a contratação, sem licitação ou com licitação fraudulenta, de empresas fictícias ou do próprio grupo do Ibrasi, e previa a qualificação de profissionais de turismo no Amapá.
Além disso, segundo o delegado, foi verificada ausência de preços de referência, não execução ou execução parcial de serviços, pagamentos antecipados, fraudes nos comprovantes de despesas e falhas na fiscalização do convênio.

Durante a operação, foram encontrados cerca de R$610 mil em espécie na residência, que também era sede do Instituto, de um dos diretores.

Jussara Santos

Receba nossas newsletters