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Cevec: economia compartilhada e viajante mais exigente são algumas das tendências do Turismo

Carolina Negri e Viviânne Martins, do Cevec

Carolina Negri e Viviânne Martins, do Cevec

Reunir líderes e talentos do setor de Turismo para discutir problemas, tendências e apontar novos caminhos. Embora possa parecer uma missão impossível, Viviânne Martins, presidente do Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporativos da Fecomércio (Cevec), conseguiu fazer. O grupo existe há 11 meses e conta com quatro grupos de trabalho: Dados, Educação, Advocacy e Comunicação & Promoção. Na manhã desta quinta-feira (18), o Cevec reuniu os seus conselheiros para discutir as perspectivas do setor sob o ângulo de diversos segmentos.

Sob o tema “Hot or Not – O que vem por aí em Mice e viagens de lazer e negócios”, representantes de todos os segmentos apontaram tendências e identificaram gargalos em comum. “Temos que entender o viajante como consumidor e como o centro dos nossos negócios. Por isso, juntamos todos os segmentos no nosso conselho para discutir a sustentabilidade do setor”, afirmou Viviânne.

Em sua fala de abertura, a presidente do conselho ressaltou que um dos desafios é fazer com que o Turismo seja reconhecido – especialmente pelo poder público – como um vetor de desenvolvimento. “Queremos que nossa indústria seja valorizada aqui como é em outros lugares do mundo. E não podemos falar disso sem envolver o poder público. Estamos unindo forças com a CNC para fazermos ações em âmbito nacional”, contou.

Com base nessas premissas, os setores aéreo, hoteleiro, corporativo, lazer e eventos apresentaram as tendências e apontaram caminhos. Uma unanimidade foi a economia compartilhada, que já afetou a forma como as pessoas consomem viagens e a experiência nos destinos. Tanto para o turista de lazer como o corporativo.

Aviação – A primeira apresentação foi do setor aéreo e contou com a presença de Adrian Alexandri, diretor de Comunicação da Abear, e com Adriana Cavalcanti, diretora de vendas da Air France. As principais demandas são a revisão das regras do setor, a uniformização da alíquota de ICMC do combustível e a discriminação das tarifa de conexão nos bilhetes. “Queremos uma competição maior. Com menos regulação, o mercado tende a mostrar mais maturidade e isso levará a redução de preços e melhores serviços”, afirmou Alexandri.

Hotelaria – João Bueno, diretor executivo da Associação Brasileira de Resorts (ABR), foi o responsável pela apresentação desse setor. Ele reiterou a necessidade de fazer com que os discursos governamentais – que apontam o Turismo como uma mola propulsora da economia – se tornem realidade. No entanto, o ponto principal foi o modelo atual de distribuição e a experiência do viajante. “Temos que ter o controle do nosso portfólio. Não podemos depender apenas das OTAs, temos que ser inteligentes para equilibrar os canais”, afirmou. “Não vamos brigar com a economia compartilhada, pois o novo consumidor quer utilizá-la e isso pode ser uma oportunidade”, afirmou.

Corporativo – Patricia Thomas, presidente da Alagev, falou sobre a importância do setor, que tem um impacto de R$ 70 bilhões na economia, mas também destacou a tecnologia como uma das principais tendências. Para ela, as inovações tecnológicas estão a experiência do viajante. “Este é um momento de ruptura. Novos modelos estão surgindo e isso muda tudo, desde a política de viagem das empresas até a criação de novos processos”, acredita.
Para ela, o maior desafio é engajar os viajantes, que estão no centro de todas essas transformações. “As TMCs deverão se tornar digitais, pois vender viagens será commoditie. As empresas irão precisar de acesso a conteúdos, mobilidade, gestão de riscos e análise de dados”, explicou.

Lazer – A apresentação deste segmento ficou por conta da CEO da Braztoa, Monica Samia. Para ela, o principal papel do setor de agenciamento é oferecer mais opções de experiências. Para ela, não é mais possível trabalhar apenas com produtos empacotados e tarifário padronizado. “A cadeia como existe hoje está em cheque, pois é necessário agregar valor. Temos que repensar qual é este novo papel e saber que é necessário diversificar receitas”, destacou.

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