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Política / Serviços

Gastos de brasileiros no exterior caíram 86% em maio

Moeda volta a bater recorde nominal.

O déficit em transações correntes de janeiro a maio de 2020 somou US$ 11,334 bilhões

As contas externas registraram saldo positivo pelo terceiro mês consecutivo, informou nesta quarta-feira (24) o Banco Central (BC). Em maio, o superávit em transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do Brasil com outros países, chegou a US$ 1,326 bilhão. Esse é o maior resultado para o mês, desde maio de 2017, quando houve superávit em transações correntes de US$ 2,471 bilhões. Em maio de 2019, houve déficit de US$ 1,385 bilhão.

Segundo o BC, contribuíram para esse resultado de maio, comparado ao igual mês do ano passado, “as reduções no déficit em renda primária [lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários], US$ 2,1 bilhões, e em serviços [viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos, entre outros], US$ 1,5 bilhão, em oposição à redução de US$ 812 milhões do superávit comercial”.

O déficit em transações correntes de janeiro a maio de 2020 somou US$ 11,334 bilhões, recuo de 38,2% em relação aos US$ 18,339 bilhões registrados nos cinco primeiros meses de 2019. O déficit em transações correntes nos 12 meses encerrados em maio de 2020 somou US$ 42,4 bilhões (2,54% do Produto Interno Bruto – PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), ante US$ 45,2 bilhões (2,64% do PIB), em abril de 2020.

Serviços

O déficit na conta de serviços atingiu US$ 1,717 bilhão em maio, ante US$ 3,264 bilhões em igual período de 2019. Nos cinco meses do ano, o saldo negativo chegou a US$ 9,787 bilhões, resultado menor que o registrado de janeiro a maio de 2019, de US$ 14,103 bilhões.

“Houve redução de 91,8% nas despesas líquidas [receitas de estrangeiros no Brasil menos gastos de brasileiros no exterior] de viagens, que totalizaram US$ 87 milhões em maio de 2020 (US$ 1,1 bilhão em maio de 2019). Na comparação interanual houve recuo de 72,9% nos gastos de estrangeiros no Brasil e de 86,4% despesas de viagens de brasileiros no exterior.

Destacaram-se também as despesas líquidas de aluguel de equipamentos, redução de US$ 302 milhões, para US$ 1,1 bilhão, e as despesas líquidas de transporte, com recuo de US$ 280 milhões, para US$ 256 milhões”, diz o BC.

Em junho, até o último dia 19, a conta de viagens gerou receitas de US$ 117 milhões e despesas de US$ 218 milhões, com déficit de US$ 101 milhões. A conta de viagens internacionais tem sido afetada pelas restrições de entrada e saída dos países e pelas medidas de isolamento social, necessárias para o enfrentamento da pandemia de covid-19.

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