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Serviços

Inadimplência entre os mais pobres atinge maior valor da série histórica, diz CNC

O projeto vai à sanção nos próximos dias. Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) torce por decisão favorável.

O levantamento aponta que 30,3% das famílias brasileiras têm alguma dívida em atraso, pois não conseguiram pagar dentro do vencimento (Divulgação)

O percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer recuou 0,3 ponto percentual (p.p.) em novembro de 2022, alcançando 78,9% do total das famílias brasileiras, de acordo com dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação com novembro do ano passado, contudo, a proporção de endividados avançou 3,3 p.p. Essa taxa anual é a menor desde junho de 2021.

O levantamento aponta que 30,3% das famílias brasileiras têm alguma dívida em atraso, pois não conseguiram pagar dentro do vencimento. Em um ano, a inadimplência avançou 4,2 p.p., especialmente entre os mais pobres. Dos consumidores com até 10 salários de renda mensal, 34,1% atrasaram dívidas, a maior proporção da série histórica, iniciada em 2010.

A desaceleração da proporção de endividados é explicada pela evolução positiva do mercado de trabalho, pelas políticas de transferência de renda mais robustas e pela queda da inflação nos últimos meses. Conforme o presidente da CNC, José Roberto Tadros, esse conjunto de fatores resultou no aumento da renda disponível. “Mesmo com o cenário de melhoria do mercado de trabalho, os consumidores seguem cautelosos quanto à contratação de novas dívidas neste fim de ano, tanto pelo alto índice de endividamento e comprometimento da renda quanto pelos juros, que seguem altos”, aponta o presidente.

Dos consumidores com até 10 salários de renda mensal, 34,1% atrasaram dívidas, a maior proporção da série histórica, iniciada em 2010. “Os orçamentos das famílias de menor renda seguem apertados porque os juros altos aumentam as despesas financeiras associadas às dívidas em andamento. Com maior nível de endividamento, está mais difícil pagar todos os compromissos em dia, contas de consumo e dívidas”, explica a economista da CNC responsável pela Peic, Izis Ferreira.

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