Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Política / Serviços

Perdas do comércio reduzem em julho, aponta CNC

Shopping no centro de Brasília tem movimento intenso no último fim de semana antes do Natal

Entre março e julho, perdas acumularam R$ 286 bilhões

De acordo com cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) entre o início da pandemia do novo coronavírus, em março, e julho, os prejuízos do comércio com a crise alcançaram R$ 286,4 bilhões. Porém, desde o pico, em abril (R$ 77,4 bilhões), o setor tem apresentado perdas menos intensas.

Os prejuízos de julho, por exemplo, somam quase R$ 10 bilhões a menos do que o volume registrado em junho (R$ 45,6 bilhões contra R$ 54,6 bilhões). Segundo Fabio Bentes, um dos fatores que explicam a evolução verificada a partir de maio é a intensificação de ações de venda via e-commerce.

A quantidade de pedidos no comércio eletrônico aumentou gradativamente ao longo da pandemia, chegando a alcançar 142% de crescimento em junho, em comparação com o mesmo mês do ano passado.

A menor adesão ao isolamento social, que levou a uma maior circulação de consumidores no comércio, tem sido um dos principais fatores para a recuperação gradual do setor, a partir de maio. De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, outro ponto positivo nesse processo de retomada da economia são os programas adotados pelo governo, como o auxílio emergencial.

“O coronavoucher ajudou a recompor, ainda que parcialmente, a capacidade de consumo da população, comprometida pela queda de rendimentos, em decorrência do agravamento da crise no mercado de trabalho”, afirma Tadros, ressaltando que “a extensão do benefício, nos moldes atuais, até dezembro também poderá acelerar o processo de recuperação das vendas”, afirma.

Embora praticamente todos os ramos de atividade tenham registrado crescimento das vendas na passagem de maio para junho, na comparação com o período anterior à covid-19, a maioria dos segmentos ainda acumula perdas, destacando-se vestuário e calçados (-45%) e livrarias e papelarias (-43%). Por outro lado, ramos impactados pela mudança do hábito de consumo da população ou aqueles autorizados a funcionar ao longo da pandemia apresentam nível maior de faturamento, em comparação com os resultados registrados antes do surto da doença: hiper e super e minimercados (+11%), móveis e eletrodomésticos (+14%) e lojas de materiais de construção (+16%).

Receba nossas newsletters