
CrowdStrike sustenta que, apesar da interrupção, a Delta recusou ajuda da Microsoft durante a ocorrência (Divulgação/Pixabay)
A companhia Delta Air Lines foi autorizada a processar a empresa de segurança cibernética Crowdstrike, pela interrupção de computador causada em julho de 2024, que levou a companhia aérea a cancelar 7 mil voos.
De acordo com a Reuters, a decisão foi tomada pela juíza Kelly Lee Ellerbe, do Tribunal Superior do Condado de Fulton, da Geórgia, nos Estados Unidos, que decidiu que a companhia aérea poderia tentar provar que a CrowdStrike foi negligente ao atualizar o sistema causando a falha simultânea de mais de oito milhões de computadores com Microsoft Windows. Além disso, a companhia também recebeu aval para entrar com uma ação por invasão de computador.
“A Delta alegou especificamente que, se a CrowdStrike tivesse testado a atualização de julho em um computador antes de sua implementação, o erro de programação teria sido detectado”, escreveu a juíza. “Como a CrowdStrike reconheceu, seu próprio presidente declarou publicamente que a CrowdStrike fez algo ‘terrivelmente errado’.”
A Delta foi a companhia aérea mais afetada pela interrupção, registrando um prejuízo de US$ 550 milhões em receita. Os passageiros afetados também estão processando a companhia, alegando que ela se recusou ilegalmente a emitir reembolsos integrais. Ao mesmo tempo, entraram com um processo contra a CrowdStrike, buscando reparação pelos danos causados em todo o mundo.
Enquanto a Delta culpa a empresa responsável pela segurança cibernética pelos milhares de voos cancelados, a CrowdStrike sustentou que, embora a interrupção tenha ocorrido, a Delta é a culpada pelo cancelamento dos voos ao recusar ajuda da Microsoft durante a ocorrência.