Indústria de viagens quer impulsionar inovação em pagamentos

Impulsionar a inovação em pagamentos poderá oferecer uma experiência mais personalizada aos seus clientes – foto shutterstock

Um novo estudo elaborado pela PYMNTS e encomendado pela Amadeus mostra que a indústria de viagens está ansiosa para impulsionar a inovação em pagamentos e oferecer uma experiência mais personalizada aos seus clientes. Outro anseio é a redução nos custos, que hoje são de mais de US$ 74,5 bilhões.

O estudo, que realizou 78 entrevistas com gestores de pagamentos de hotéis, companhias aéreas e intermediários de viagens, destaca um apetite crescente pela inovação em pagamentos. Mais de 95% das empresas entrevistadas planejam introduzir outras inovações em pagamentos num futuro próximo, com mais de 14% planejando “várias inovações recentes”. Fatores como atender às necessidades do cliente foram citados como impulsionadores da inovação, com foco contínuo em oferecer ao cliente uma experiência mais personalizada, um importante objetivo de pagamentos.

Apesar dessa perspectiva promissora, os gestores de pagamentos em viagens enfatizam a complexidade significativa como principal barreira à inovação hoje, com 85% das empresas confirmando um aumento no número de meios de pagamentos aceitos nos últimos cinco anos. A grande maioria das agências de viagens (mais de 80%) trabalha com entre 3 e 10 diferentes fornecedores de serviços de pagamentos, aumentando ainda mais a complexidade operacional.

“A indústria de viagens se encontra em um ponto de virada em termos de inovação em pagamentos. Os próximos anos serão uma oportunidade real para que a indústria melhore a experiência do cliente e gerencie custos por meio da inovação. Nossa recomendação para aquelas empresas que buscam inovar em pagamentos é adotar uma abordagem estratégica: definir qual será a vantagem competitiva central e o que deve ser terceirizado. Assim, ao avaliar inovações futuras, devem centrar-se unicamente naquelas que melhoram a experiência do cliente, abordam a complexidade ou reduzem os custos diretos ou indiretos”, disse Bart Tompkins, Managing Director, Payments, Amadeus.

O estudo constatou também que as empresas de viagens gastam, em média, 5,3% de suas receitas na gestão de pagamentos, inclusive assumindo taxas, pagando taxas a todos os fornecedores, além de outros custos indiretos. Isso equivale a US$ 74,5 bi em toda a indústria. Empresas menores pagam taxas desproporcionalmente elevadas, e quem fatura menos de US$ 15 mi responde pela média de 7,5% da receita. Isso comparado a apenas 3,8% das empresas de viagens que geram mais de US$ 1 bi em receitas, anualmente.