American registra queda da oferta e demanda na América Latina em 2015

O mundo conheceu no último dia 29 de janeiro os resultados referentes ao ano de 2015 do grupo American Airlines. De acordo com a própria American, um recorde de US$ 7,6 bilhões no lucro líquido, ou US$ 11,07 por ação diluída, bem acima dos US$ 2,9 bilhões registrados em 2014. Mesmo excluindo os impostos e amortizações, o lucro ajustado do Grupo foi de US$ 6,3 bilhões no ano passado, o que também se configura um recorde, cerca de 50% acima do que o constatado em 2014.

Para 2015, a receita total foi de US$ 41 bilhões, uma queda de 3,9% se comparado com o ano de 2014. O Yield (valor médio pago para voar um quilômetro) que teve uma queda de 6,5% em âmbito mundial foi responsável, também, por uma queda de 5,4% no PRASM (Receita Unitária por Passageiro).

Por outro lado, os gastos operacionais do Grupo em 2015 chegaram a US$ 34,8 bilhões, queda de 9,4% se comparado com 2014, enquanto a AA recomprou 85,1 milhões de papéis de ação por US$ 3,6 bilhões e devolveu cerca de US$ 1,2 bilhão aos seus acionistas por conta do pagamento de US$ 72 milhões em dividendos do quarto trimestre.

Se formos comparar os números da American Airlines só na América Latina entre os anos de 2014 e 2015, só se constata quedas. O único ponto positivo ficou por conta da taxa de ocupação média, por exemplo, que pulou de 77,2 para 78,5%, aumento de 1,3 pp. O Brasil na participação da receita total da American Airlines teve um resultado desastroso: de 6,1% em 2014 para apenas 2,0% em 2015.

Em relação ao Yield (Valor médio pago por um passageiro para voar um quilômetro), queda de quase dois pontos percentuais, enquanto o RPM (Passageiros por Milha Viajada) passou de 31,201 para 32,093. O ASM (Número de assentos disponíveis pelo número de milhas voadas) teve uma queda de 4,5%, de 41,581 em 2014 para 39,726 em 2015. ​