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Destinos

Japão passa a exigir licença e teste para escalar o Monte Fuji

O fenômeno não acontecia desde 1894, quando se iniciaram os registros no Monte Fuji, Japão (Reprodução/David Eldelstein/Unsplash)

Medida espera conter a invasão de turistas e garantir que os protocolos de segurança sejam seguidos (Reprodução/David Eldelstein/Unsplash)

Pouco antes do início da temporada oficial de escalada de 2025, o Japão instituiu novas regras para quem deseja subir o Monte Fuji. Agora, será necessário obter uma licença no valor de US$ 27 (cerca de ¥4.000) e passar por um teste obrigatório que comprove o entendimento de informações essenciais sobre segurança em trilhas e os costumes locais da região.

A decisão foi anunciada pelas prefeituras de Shizuoka e Yamanashi, responsáveis pela administração da montanha, e tem como objetivo principal combater o turismo excessivo e melhorar a preparação dos visitantes. O teste visa garantir que os escaladores saibam, por exemplo, qual o equipamento adequado e o que precisam levar para a subida, além de promover uma conduta mais respeitosa com o meio ambiente e as comunidades locais.

“Ao promover fortemente medidas de segurança abrangentes para escalar o Monte Fuji, garantiremos que o Monte Fuji, um tesouro do mundo, seja passado para as gerações futuras”, afirmou Koutaro Nagasaki, governador da Prefeitura de Yamanashi.

Nos últimos anos, o Monte Fuji tem enfrentado sérios impactos provocados pela crescente onda de turistas, incluindo trilhas lotadas e o acúmulo de lixo deixado por visitantes, problema que rendeu à montanha o apelido de “montanha de lixo”. Os danos à flora e à fauna locais têm preocupado autoridades e moradores, que veem nas novas exigências uma forma de preservar o patrimônio natural e cultural da região.

O caso japonês se soma a um movimento global: diante do aumento exponencial de viajantes ao redor do mundo, muitos destinos turísticos estão implementando medidas para conter os efeitos negativos do turismo em massa. Quando as populações locais começam a sentir as consequências desse fluxo desordenado, iniciativas como taxas, proibições e restrições se tornam cada vez mais comuns.

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