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Destinos / Política

Após veto do governo, Freixo busca novos acordos e mais fontes de recurso para Embratur

Marcelo Freixo presidente da Embratur Após veto do governo, Freixo busca novos acordos e mais fontes de recurso para Embratur

Marcelo Freixo, presidente da Embratur (Eric Ribeiro/M&E)

FOZ DO IGUAÇU – Vamos voltar no tempo. O novo time da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), que assumiu em janeiro de 2023, no novo mandato do governo federal, tinha três grandes desafios pela frente. Os dois primeiros foram devidamente resolvidos, que envolvia a questão da rearrumação da casa e a escolha de um time capacitado para tocar as ações de promoção do Turismo do Brasil no exterior.

Mas ainda temos um último desafio: a falta de recursos, algo que já vinha sendo alertado pela Embratur desde o começo da atual gestão. Depois de ser aprovado pelo Congresso Nacional, o artigo que definia 5% dos recursos do Sesc/Senac para a Embratur, parte da MP 1.147, acabou sendo vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A solução agora? Buscar um novo acordo e ir atrás de novos recursos para fazer com que o Brasil não interrompa sua promoção no exterior.

“A proposta de 5% do Sesc/Senac resultou num acordo importante, mas não resolve todas as questões, é por isso que agora vamos atrás de mais recursos”

É o que afirmou o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, em entrevista na abertura do Festival das Cataratas 2023, nesta quarta-feira (31), em Foz do Iguaçu, ao ser questionado pelo M&E sobre o futuro da agência. Entre as estratégias, está um novo acordo com Sesc/Senac, envolvendo uma parcela menor do que os 5% da proposta original, mas que não é suficiente para “resolver todas as questões”. É por isso que Marcelo Freixo agora vai atrás de mais recursos.

“Temos que ter plano A, B, C, D…”, disse ele, ao lembrar do veto do presidente Lula. “Hoje temos uma empresa brasileira de promoção do Turismo que é extremamente importante, porque o Turismo é muito decisivo para a geração de emprego e o desenvolvimento do Brasil, mas que não tem recursos. A proposta de 5% do Sesc/Senac resultou num acordo importante, mas não resolve todas as questões, é por isso que agora vamos atrás de mais recursos”, destacou o presidente.

“O Brasil não é um país com potencial pequeno para o Turismo, né? Logo, temos que ter uma empresa de promoção do Turismo que seja compatível com o retorno que temos do setor”

Segundo Freixo, existe a possibilidade do Fundo da Aviação ser transformado em investimento para garantir mais voos para o Brasil, por exemplo. “Mas, precisamos de uma fonte permanente, de uma política de estado que, independente de quem esteja lá, possa ter investimento para criar retornos ao país. O Brasil não é um país com potencial pequeno para o Turismo, né? Logo, temos que ter uma empresa de promoção do Turismo que seja compatível com o retorno que temos do setor”, destacou.

“Não há cabimento ter uma empresa com tamanha responsabilidade de promover o Brasil sem orçamento”

Ele lembra que o Brasil tem Foz do Iguaçu, Gramado, Florianópolis, somente na Região Sul, além de Bonito, Pantanal, Rio de Janeiro, São Paulo, Amazônia, as praias do Nordeste… “Não há cabimento ter uma empresa com tamanha responsabilidade de promover o Brasil sem orçamento. Porque era uma autarquia, passou a ser uma empresa de serviço social autônomo, ganha um modelo de agência e não é criado uma fonte de recurso. Precisamos de recurso, não para Embratur, mas para a sociedade brasileira”, finalizou.

O M&E é media partner do evento e viaja com proteção GTA e apoio da Shift Mobilidade Corporativa.

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