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Destinos / Turismo em Dados

OMT: em plena retomada, Turismo global atinge 65% dos níveis pré-pandemia

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Destaque para as Américas, que registraram forte crescimento em relação a 2021, mais do que o dobro (+106%) no acumulado de janeiro a setembro, atingindo 66% dos níveis de 2019

O Turismo global se encaminha para fechar o ano de 2022 com 65% dos níveis pré-pandemia. Estima-se que 700 milhões de turistas embarcaram em voos internacionais entre janeiro e setembro, mais do que o dobro (+133%) do valor registrado no mesmo período de 2021. Isso equivale a 63% dos níveis de 2019 e coloca o setor no caminho justamente de atingir 65% de seus níveis pré-pandêmicos este ano, de acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT).

De acordo com o órgão, os resultados foram impulsionados pela forte procura por viagens, ainda reprimida por conta da pandemia, pela melhoria dos níveis de confiança dos passageiros e pelo fim de restrições num número cada vez maior de destinos. Destaque para as Américas, que registraram forte crescimento em relação a 2021, mais do que o dobro (+106%) no acumulado de janeiro a setembro, atingindo 66% dos níveis de 2019.

“Receitas com o turismo podem chegar a US$ 1,3 trilhão em 2022, um aumento de 70% em relação a 2021, ou 80% dos US$ 1,8 trilhão registrados em 2019”

Ao destacar a velocidade com que o setor se recuperou da pior crise de sua história, o mais recente Barômetro Mundial do Turismo da OMT revelou que as chegadas mensais em janeiro de 2022, por exemplo, ficaram 64% abaixo dos níveis de 2019 e atingiram -27% em setembro. Estima-se que 340 milhões de chegadas internacionais foram registradas apenas no terceiro trimestre de 2022, quase 50% do total de nove meses.

A Europa lidera recuperação global

País autorizou viagens não essenciais para turistas vacinados de todos os países.

recebeu 477 milhões de chegadas internacionais entre janeiro e setembro de 2022 (Unsplash)

A Europa continua liderando a recuperação do turismo internacional. A região recebeu 477 milhões de chegadas internacionais entre janeiro e setembro de 2022 (68% do total mundial), atingindo 81% dos níveis pré-pandemia. Isto é mais do que o dobro de 2021 (+126%), com resultados impulsionados pela forte demanda intrarregional e viagens a partir dos Estados Unidos. No terceiro trimestre, as chegadas atingiram quase 90% dos níveis de 2019.

Da mesma forma, o Oriente Médio viu as chegadas internacionais mais do que triplicar (+225%) entre janeiro e setembro, chegando a 77% do nível pré-pandemia. A África (+166%) e as Américas (+106%) também registraram forte crescimento em relação a 2021, atingindo 63% e 66% dos níveis de 2019, respectivamente.

Na Ásia e no Pacífico (+230%), as chegadas mais do que triplicaram nos primeiros nove meses de 2022, refletindo a abertura de muitos destinos, incluindo o Japão no final de setembro. No entanto, as chegadas na Ásia e no Pacífico permaneceram 83% abaixo dos níveis de 2019. A China, um importante mercado de origem para a região, permanece fechada.

PAÍSES – Os destinos que relataram chegadas acima dos níveis pré-pandemia nos nove meses até setembro incluem Albânia, Etiópia, Honduras, Andorra, Porto Rico, República Dominicana, Colômbia, El Salvador e Islândia. Enquanto isso, alguns destinos registraram aumentos notáveis ​​nas receitas do turismo internacional nos primeiros sete a nove meses de 2022, incluindo Sérvia, Romênia, Turquia, Letônia, Portugal, Paquistão, México, Marrocos e França.

GASTOS DE TURISTAS – A recuperação também é observada nos gastos com turismo emissor dos principais mercados de origem, com fortes resultados da França, onde os gastos atingiram 92% dos níveis pré-pandemia até setembro. Outros mercados que relataram fortes gastos de turistas nos primeiros nove meses de 2022 foram Alemanha, Bélgica, Itália, Estados Unidos, Catar, Índia e Arábia Saudita.

Forte demanda por viagens aéreas e hospedagens

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A capacidade de assentos aéreos em rotas internacionais entre janeiro e agosto atingiu 62% dos níveis de 2019, com a Europa (78%) e as Américas (76%) registrando os níveis mais altos (Divulgação)

A robusta recuperação do turismo também se reflete em vários indicadores do setor, como capacidade aérea e métricas hoteleiras, conforme a OMT. A capacidade de assentos aéreos em rotas internacionais entre janeiro e agosto atingiu 62% dos níveis de 2019, com a Europa (78%) e as Américas (76%) registrando os níveis mais altos. A capacidade doméstica em todo o mundo chegou a 86% dos níveis de 2019, com o Oriente Médio (99%) praticamente atingindo os níveis pré-pandemia, de acordo com dados da Iata.

Enquanto isso, de acordo com o STR, as taxas globais de ocupação hoteleira atingiram 66% em 1º de setembro. A Europa liderou com níveis de ocupação de 77% em setembro de 2022, após taxas de 74% em julho e agosto. As Américas (66%), Oriente Médio (63%) e África (61%) registraram taxas de ocupação acima de 60% em setembro.

Otimismo cauteloso para os próximos meses

O difícil ambiente econômico, incluindo inflação alta e aumento dos preços da energia, agravado pela ofensiva russa na Ucrânia, pode pesar no ritmo da recuperação no quarto trimestre e em 2023, segundo a OMT. A última pesquisa do órgão mostra uma declínio nos níveis de confiança nos últimos quatro meses de 2022, refletindo um otimismo mais cauteloso.

“Apesar dos crescentes desafios que apontam para uma suavização do ritmo de recuperação, as receitas com o turismo podem chegar a US$ 1,2 trilhão ou US$ 1,3 trilhão em 2022, um aumento de 60 a 70% em relação a 2021, ou 70 a 80% dos US$ 1,8 trilhão registrados em 2019”, destacou a OMT.

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