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Portugal 360: Embratur, Turismo de Portugal e ETS debatem o futuro do Turismo

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Painel debateu estratégias e metas para alavancar o turismo nacional e internacional no Brasil e em Portugal (Foto: Eric Ribeiro/M&E)

SÃO PAULO – O maior evento sobre Portugal no Brasil chegou a São Paulo para sua terceira edição. Após duas realizações no Rio de Janeiro, a capital paulista recebe o Portugal 360 pela primeira vez nesta sexta (9), sábado (10) e domingo (11), na Cinemateca Brasileira. E para abrir a programação, ocorreu o painel “Que Turismo queremos de Futuro?”, que debateu ideias, planos e ações para o desenvolvimento do turismo em Portugal e no Brasil, com foco na atração de turistas estrangeiros.

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O debate contou com a participação do presidente do Turismo de Portugal, Luis Araujo, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo e o presidente da Easy Travel Shop, Michael Barkoczy. Todos abordaram as formas como se define uma estratégia de políticas do turismo voltada para o futuro, através de ações coordenadas entre entidades públicas e empresas, adaptando-se às necessidades de um mercado em constante mudança, com a sustentabilidade no turismo como uma prioridade do setor.

Foco nas pessoas e compromisso com a sustentabilidade foram o “pulo de gato” para desenvolver o turismo em Portugal

Hoje, os principais mercados de longa distância para Portugal são: Estados Unidos, Brasil, Canadá, Israel e Austrália. E o foco nas pessoas e compromisso com a sustentabilidade foram o “pulo de gato” para desenvolver o turismo em Portugal, de acordo com Luis Araujo, presidente do Turismo de Portugal. “Essa estratégia foi o que nos permitiu, nos últimos anos, crescer em todos os mercados. Duplicamos os números das receitas e reduzimos a dependência de mercado europeus”, afirmou.

A estratégia utilizada para este resultado é a divulgação nos principais mercados e o fomento da conexão aérea e desenvolvimento de produtos – mostrando que Portugal é um País diferente, que recebe bem e respeita as diferenças. Tudo isso também foi muito alavancado graças a parceria que temos em cada país, com o trade e consumidores finais”, completou.

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Luis Araujo, presidente do Turismo de Portugal falou com exclusividade ao M&E (Foto: Eric Ribeiro/M&E)

Em entrevista exclusiva ao M&E, o presidente da pasta em Portugal ainda afirmou que – apesar de ainda não ter recuperado os níveis pré pandemia, o Brasil é um mercado fundamental pro desenvolvimento turístico de Portugal e que o perfil dos turistas provenientes do Brasil é o que o País europeu tem buscado.

“Ficamos, em 2022, 8% abaixo dos números de 2019, pré-pandemia. Na retomada, os EUA passou o Brasil, se tornando o principal emissor de longa distância pra Portugal. Mas, agora estamos vendo um crescimento grande nos turistas brasileiros. Projetamos crescimento de 10% nos quatro primeiros meses deste ano. E vemos que o perfil do turista brasileiro fica muito tempo, procura experiências caras e está descobrindo regiões que antes não eram tão conhecidas. Isso é muito importante para nós”, afirmou.

“Ficamos, em 2022, 8% abaixo dos números de 2019, pré-pandemia. Na retomada, os EUA passou o Brasil, se tornando o principal emissor de longa distância pra Portugal. Mas, agora estamos vendo um crescimento grande nos turistas brasileiros”

Segundo ele, estão sendo desenvolvidos produtos para estimular a atração desse perfil de turistas. “Produtos voltados para a arte contemporanea, literatura…queremos apresentar o País a um segmento mais alto – de alto nível. Para isso, estamos trabalhando em programas de formação para que os profissionais da indústria estejam aptos a atender este perfil, trabalhando para que os hotéis se adaptem e claro, fazendo a promoção do destino fora do País”, completou Luis.

Ainda segundo a autoridade, Portugal está empenhado em atrair cada vez mais turistas de qualidade. “Não estamos preocupado em ter mais turistas mas em melhores turistas. Somos um país pequeno. Queremos focar em quem aprecia nossa cultura, nossos vinhos, ter uma relação mais próxima. É também uma estratégia de sustentabilidade do nosso país. Queremos os turistas que ficam mais tempo, que viajam mais, que mudam de território e gastam mais. Esse é o turismo que queremos para o futuro”, finalizou.

Embratur: Brasil tem muito o que aprender com Portugal

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Marcelo Freixo, presidente da Embratur (Eric Ribeiro/M&E)

Para Freixo, “o Brasil tem muito o que aprender com Portugal. Estas estratégias faltaram ao Brasil nos últimos anos. Queremos futuro e temos o turismo para isso. O debate da sustentabilidade não é um debate da moda e sim da necessidade. Ou a economia é sustentável ou não há economia. O Brasil tem um potencial enorme e indiscutível, uma diversidade enorme, gastronomia de ponta. Mas o turismo não é só lazer e não é algo secundário e não pode ser deixado na gaveta como foi em outros governos. Precisamos recolocar o turismo como prioridade absoluta no nosso País”, disse o presidente da Embratur.

“O turismo não é só lazer e não é algo secundário e não pode ser deixado na gaveta como foi em outros governos. Precisamos recolocar o turismo como prioridade absoluta no nosso País” – Marcelo Freixo

Ainda segudo o presidente da Embratur, “o turismo pode nos oferecer soluções para problemas, oportunidade de geração de empregos e rendas e mais. Turismo é uma solução. Os números de turistas estrangeiros tem crescido mas temos que falar sobre isso, temos que aumentar a conectividade, melhorar o serviço, para fazer o turismo ocupar o local de solução econômica para este País”, completou Freixo.

ETS destaca importância da criação de experiências e produtos

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Michael Barkoczy, presidente da ETS (Eric Ribeiro/M&E)

Uma maneira de colocar o Brasil de volta as prateleiras internacionais – e algo que Portugal tem investido também, é na criação de experiências e produtos turísticos, como comenta Barkoczy.

“Falta algo no turismo como um todo que são as atividades turísticas. Os turista acabam descobrindo sozinhos o que fazer e o que há em algum lugar quando chegam nos destinos. E isso é uma perda enorme pro profissional de viagem que acaba não oferecendo estas atrações aos seus clientes. Sabemos hoje que é pelo que o destino oferece de experiencia que as pessoas tem decido pelo destino que vão visitar”, destacou o presidente da ETS.

De acordo com Michael, “elas entram numa plataforma, como a Easy Travel Shop e conseguem ver o que o destino tem a oferecer de atrativos e optam por aquele lugar. Isso aumenta o número de diárias daquele passageiro no local escolhido, movimenta mais a economia da região e a cadeia turística como um todo. Temos que trabalhar, junto com o poder público pra catalogar essas experiências e coloca-las nas prateleiras pra comercialização”, explicou.

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