O vice-presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar); André Pousada; apresentou durante o Cbratur números de alta relevância dos cruzeiros marítimos no Brasil e; ao mesmo tempo; os maiores gargalos do setor. “A carga tributária é bastante elevada e defendemos a flexibilização e desburocratização do processo de obtenção do visto para tripulação estrangeira. Nessa temporada chegamos a 12 mil vistos”; ressaltou.
O problema de infraestrutura; segundo ele; diz respeito aos limites. “O quanto de espaço ainda existe para receber essas embarcações? Pensamos sempre em sensibilizar para que surjam novas possibilidades de destino para esses navios. Atualmente são apenas 20 portos utilizados”. Ele citou as taxas portuárias que; em alguns casos; são as mais caras do mundo. “Média de 400% a 600% mais caro operar no Brasil do que no exterior”; lamentou André.
Sobre utilizar os navios como opção de hospedagem na Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016; André foi cauteloso. “É preciso pensar em adequação para que possa haver parceria nesse sentido”; resumiu.
Veja dados apresentados:
Mundial
118 novos navios nos últimos dez anos
14 milhões de hóspedes por ano; Brasil quinto mercado e Estados Unidos o primeiro
12 novos navios em 2010 com investimento de US$ 6;5 bilhões
Até 2012 serão 26 novos navios ampliando oferta mundial em 18%
Média de crescimento anual no número de cruzeiristas 14;7%
Brasil
Cruzeiristas no Brasil em 2009/2010 foram 720 mil
Previsão para 2010/2011 é de 884 mil; sendo 132.740 mil estrangeiros
Serão 440 saídas e 20 portos utilizados
Quantidade de navios no Brasil nos últimos dez anos cresceu 350%
Foram 18 navios na temporada 2009/2010
Impacto e incremento de 40% no local que recebe os cruzeiros
Na Baixada Santista houve geração de 8 mil empregos indiretos e 1.800 diretos. E R$ 165 milhões de receita gerada
Média de gasto turista em cada parada é de R$ 200
Flavio Peruzzi e André Pousada