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Feiras e Eventos

Receptivos brasileiros comemoram desvalorização do Real

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O dólar alto afetou muito o turismo emissivo no Brasil. Acostumado a viajar e gastar muito no exterior nos últimos anos, o câmbio atual derrubou a venda de pacotes internacionais e, inclusive, contribuiu para o desaparecimento de players importante deste mercado. No sentido contrário, no entanto, o cenário é positivo. De acordo com os operadores receptivos que participam da WTM 2015 no estande do Brasil, há motivos para muito otimismo.

“O Brasil voltou a ser viável”, definiu Aloísio Mendes, da AM Tours. Ele explicou que o mercado ficou por muito tempo retraído – em grande parte por conta dos preços – mas que agora o país “está de volta ao jogo”. Segundo Mendes, há tarifas de hotéis quase 50% mais baratas do que no período da Copa do Mundo.

Se o Brasil está mais barato, é necessário fazer esta mensagem chegar aos operadores internacionais e – consequentemente – aos viajantes em potencial, além de ampliar as negociações com os fornecedores. Esta é a opinião de Carlos Silva, diretor da OPCO. “A desvalorização do Real foi a melhor coisa que poderia acontecer para os receptivos, pois o Brasil tinha ficado caro demais. Ao mesmo tempo, a economia parou e os hotéis estão mais dispostos a negociar”, disse o executivo. “O Brasil nunca será um país barato, mas os preços estão voltando ao normal e o nosso papel é mostrar que o país é agora um destino factível”, complementou.

O interesse de mercados não tão tradicionais também aumentou. Daniel Cabral, diretor da Panorama, afirmou que a demanda de grupos e FIT’s da Índia e países do Oriente Médio e Leste Europeu. “O dólar alto tem gerado mais viagens também da América do Sul. Tive um aumento de 40% em países como Argentina, Bolívia e Chile”, contou.

O mesmo ocorre com o mercado europeu, segundo Luis Jesus, da BWT. Além de uma procura maior, destinos menos tradicionais como Amazonas, Bonito e Pantanal também foi ampliada. “Isso ocorre por conta dos preços, pois os operadores internacionais estão cientes que o país está mais barato”, ressaltou.

Contraponto – Para Sidney Linhares, da Panorama, a procura pelo Brasil aumentou, mas o preço não é o motivo número um. Ele contou que muitos querem saber das Olimpíadas e destinos tradicionais como Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu e Amazonas. “Os preços menores nos ajudam a ser mais competitivo, mas o Brasil continua sendo caro”, disse.

Anderson Masetto, de Londres

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