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Destinos / Fotos

Museu do Amanhã espera 450 mil visitantes em 2016; veja fotos

Turistas ficam maravilhados no espaço Antropoceno

Turistas ficam maravilhados no espaço Antropoceno

Inaugurado oficialmente ontem pela presidente Dilma Rousseff e pelo governador Luiz Fernando Pezão, o Museu do Amanhã, na Praça Mauá deve receber, segundo os administradores, 450 mil visitantes no primeiro ano de funcionamento. O complexo abre oficialmente ao público amanhã e neste final de semana terá uma programação cultural durante 48 horas ininterruptas. O projeto que exigiu investimentos superiores a R$ 215 milhões de uma parceria público-privada tem uma arquitetura futurista e cinco espaços temáticos baseados em questões existencialistas e científicas como “De onde Viemos”, “Quem Somos”, “Onde estamos”, “Para Onde Vamos” e “Como Queremos ir”.

Nesta sexta-feira apenas convidados tiveram acesso ao complexo. O museu é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro numa parceria com a Fundação Roberto Marinho, e patrocínio do grupo Santander e teve sua arquitetura futurista idealizada pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava. Ocupa uma área de 15 mil metros quadrados e a exposição principal tem experiências interativas e ambientes de imersão. O museu vai funcionar de terça a domingo, com ingressos a R$ 10 (meia para estudantes e idosos”, sendo que as terças feiras o ingresso não é cobrado.

O acervo é continuamente atualizado, a partir de dados e análises científicas de instituições do mundo todo, e foi elaborado com a participação de um time de mais de 30 consultores brasileiros e internacionais. O Museu do Amanhã explora seis grandes tendências para as próximas cinco décadas: mudanças climáticas; alteração da biodiversidade; crescimento da população e da longevidade; maior integração e diferenciação de culturas; avanço da tecnologia e expansão do conhecimento.

 A visita começa pelo Cosmos, experiência imersiva em um domo de 360°, grande ovo negro em que o público faz uma viagem sensorial pelo universo, desde as galáxias mais distantes até as partículas microscópicas. Na Terra, três cubos de sete metros de largura por sete metros de altura representam as três dimensões da existência: Matéria, Vida e Pensamento. Aqui, o público conhece mais sobre o funcionamento do planeta, a biodiversidade, as relações entre as espécies e o desenvolvimento da cultura e do pensamento humanos.

A parte central do percurso narrativo se dedica a pensar o hoje, suas características e seus sintomas. Totens com mais de 10 metros de altura formam o Antropoceno, com conteúdo audiovisual sobre o impacto das ações do homem no planeta e a aceleração de suas atividades – estudos apontam que a humanidade terá 10 bilhões de pessoas em 2060 e que os próximos 50 anos vão concentrar mais mudanças que os últimos 10 mil anos. Os Amanhãs desdobram-se no museu numa área em forma de “origami”, com três ambientes, que aprofundam as seis tendências principais: o público pode calcular sua pegada ecológica; participar de um jogo colaborativo em que é preciso administrar os recursos do planeta para mantê-lo sustentável; e descobrir, de forma bem-humorada, qual seria seu perfil diante dos avanços tecnológicos e dos desafios que o futuro apresenta.

A área Nós fecha a visitação de forma simbólica, com uma experiência de luz e som em uma escultura em madeira que remete a uma oca. Seu elemento central, um churinga (espécie de amuleto) da cultura aborígene australiana, é a única peça física que compõe a narrativa principal e representa a transmissão de conhecimento através das gerações. Depois desse momento de reflexão, um belvedere se abre sobre a Baía e o público volta ao “hoje” renovado.

A experiência expositiva do museu integra-se ainda ao Laboratório de Atividades do Amanhã, espaço de inovação e experimentação que promove atividades ligadas a tecnologia, ciência e arte e faz uma reflexão sobre as atividades produtivas (a primeira exposição será do coletivo dinamarquês Superflex); e ao Observatório do Amanhã, que vai exibir, catalogar e repercutir dados e análises das últimas pesquisas científicas e tecnológicas em temas relacionados ao museu. É do Observatório também a função de atualizar os dados da exposição principal, por meio do sistema Cérebro, que recebe informações e distribui as informações pelo conteúdo exposto. O sistema também faz um mapeamento da relação do museu com os usuários, registrando o percurso dos visitantes e o modo como eles acessam o conteúdo do museu.

O Museu do Amanhã terá ainda auditório com 400 lugares, loja, cafeteria e restaurante. A área dedicada às exposições temporárias será aberta com a instalação audiovisual “Perimetral”, assinada por Vik Muniz, Andrucha Waddington e o escritório de design SuperUber: imagens da implosão do Elevado da Perimetral se combinam a uma cenografia imersiva em uma experiência de grande impacto visual.

Veja fotos do novo espaço cultural e turístico do Rio de Janeiro

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