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Agências e Operadoras

Agenciamento teve queda de 12,8% no faturamento em 2015

Glauber Santos, professor da USP e José Azevedo, presidente do Sindetur e VP do Ipeturis

Glauber Santos, professor da USP e José Azevedo, presidente do Sindetur e VP do Ipeturis

Segundo dados do “Indicadores Econômicos do Agenciamento Turístico Nacional”, pesquisa feita pelo Ipeturis e Sindetur-SP, em 2015 o agenciamento registrou queda de 12,8% no faturamento. Outros dados mostram ainda que o número de empresas de turismo diminuiu no último ano, assim como o volume de empregados do setor. Segundo Glauber Santos, professor de pós-graduação da USP em Turismo, a crise política e econômica do país afetam fortemente o setor.

“Nos últimos anos registrou-se um crescimento constante no número de empresas de turismo, porém, a partir de 2014 houve uma inversão que foi agravada em 2015. Das mais de 23 mil empresas de turismo, cerca de 800 foram fechadas – uma queda de 3,4% em todo país”, comentou. São Paulo concentra a maior perda, com mais de 7 mil empresas fechadas (30%), seguida por Rio de Janeiro, Ceará, Bahia e Pernambuco. Desse total, 93,5% eram pequenas empresas, 5,9% de médio porte e 0,6% grandes.

Em relação ao volume de empregados, desde 2010 já se registra uma desaceleração. Em 2015 foram 4,5 mil vagas fechadas (6,4%). “Só em janeiro e fevereiro deste ano 1.178 vagas foram extintas, em especial no Sudeste – contra as 686 fechadas no mesmo período do ano passado e 2 mil no último trimestre de 2015. Os dados apontam que o ano será especialmente ruim se a tendência se confirmar”, afirmou.

A pesquisa também aponta queda no faturamento, 12,8% menor que o registrado no ano anterior. As pequenas empresas foram as mais afetadas (24,7%). “Dos produtos mais impactados estão os pacotes com maior redução e as passagens aéreas com menor, -25,8% e -5,3% respectivamente. Assim como o internacional (-19,9%) foi mais afetado que o nacional (-5,9%), em especial por causa do dólar”, disse.

Para o professor, o turismo é mais sensível às crises que outros setores por não ser um item de alta prioridade. “A crise econômica não passará tão cedo e a expectativa é que as coisas comecem a melhorar em meados de 2017. Até lá, a estratégia dos entrevistados da pesquisa é prospectar novos clientes e trabalhar com novos produtos e serviços”, finalizou.

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