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Agências e Operadoras / Turismo em Dados

CVC contabiliza mais de R$ 15 bilhões em reservas confirmadas em 2019

CVC Corp promete balanço auditado até o final de agosto

Em 2019, as Reservas Confirmadas totalizaram R$ 15,4 bilhões, crescimento de 6,6% em comparação a 2018 Pro forma

A CVC divulgou nesta terça-feira (1°) os resultados referentes ao 4T19 e ao acumulado de 2019. As Reservas Confirmadas da CVC Corp Brasil totalizaram R$ 3,92 bilhões no 4T19, crescimento de 0,4% na comparação com o 4T18 Pro forma. Reservas confirmadas de B2C, composto pelas operações da CVC, CVC.com, Submarino Viagens, Almundo Brasil e Experimento, tiveram queda de 6,1% no 4T19, totalizando R$ 2,03 milhões.

Na comparação contábil, as Reservas Confirmadas cresceram 10,8% no 4T19. Em 2019, as Reservas Confirmadas totalizaram R$ 15,4 bilhões, crescimento de 6,6% em comparação a 2018 Pro forma. “O desempenho foi significativamente afetado por eventos exógenos, notadamente o acidente com óleo no Nordeste. A recuperação mais lenta da economia brasileira também contribuiu para a desaceleração, já esperada, do ritmo de crescimento das reservas confirmadas”, informou a CVC.

No ano, as reservas confirmadas B2C tiveram um aumento de 2,1%, totalizando R$ 7,9 bilhões. “A desaceleração, já esperada, do ritmo de crescimento foi resultado do aumento de preços de passagens aéreas no mercado, somado à redução da confiança do consumidor, volatilidade do câmbio e, especialmente, de fatores exógenos (Avianca, problemas técnicos com Boeing 737 MAX, ambiente macro político no Brasil e na Argentina”, informa a empresa.

Já no segmento B2B, composto pelas operações da Trend, VHC, Visual, Esferatur e RexturAdvance, as reservas confirmadas continuaram sua tendência de crescimento, apresentando aumento de 8,4% no 4T19 em comparação ao 4T18 Pro forma. O desempenho do segmento foi beneficiado pelo crescimento do mix de Reservas Confirmadas nas unidades RexturAdvance e Trend e beneficiadas pelo aumento do ticket médio. No ano, o crescimento foi de 11,9%, em grande parte comandado pelo aumento do ticket médio.

Distorções contábeis chegam a R$ 362 milhões

cvc

Resultados da CVC em 2019

Ao longo do processo de preparação de suas demonstrações financeiras relativas ao exercício social de 2019, a companhia constatou distorções na contabilização de valores transferidos aos fornecedores de serviços turísticos referentes às receitas próprias de tais fornecedores, em ajustes indevidos de margens na intermediação de serviços turísticos e em lançamentos sistêmicos incorretos não corrigidos adequadamente os quais causaram um aumento das margens da companhia.

“A partir da identificação de tais distorções se iniciou um amplo processo de apuração independente, que permitiu que a companhia identificasse falhas materiais em seus controles internos que resultaram em distorções materiais em determinadas contas contábeis. Como resultado da apuração final, o valor total do ajuste relacionado às distorções corresponde a R$ 362 milhões”, informa a CVC. O montante foi alocado da seguinte forma:

  • R$ 117 milhões referentes ao exercício de 2019, causando redução na receita líquida de R$ 97,5 milhões na controladora e R$ 111,8 milhões no consolidado e aumento da despesa de variação cambial de R$ 5,3 milhões na controladora e no consolidado. Essa redução foi substancialmente causada por ajustes nas contas de adiantamentos a fornecedores e contratos a embarcar antecipados de pacotes turísticos. Estes ajustes estão incorporados nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2019, não ensejando qualquer necessidade de reapresentação;
  • R$ 111,9 milhões foram alocados ao exercício de 2018, causando redução na receita líquida em R$ 97,7 milhões na controladora e R$ 104,0 milhões no consolidado e aumento da despesa de variação cambial R$ 7,9 milhões na controladora e no consolidado. Essas reduções foram substancialmente causadas por ajustes nas contas de Adiantamentos a Fornecedores, Contratos a Embarcar Antecipados de Pacotes Turísticos e Fornecedores;
  • R$ 133,4 milhões referentes a exercícios anteriores a 2018, causando redução do patrimônio líquido em 1º. janeiro de 2018 neste montante. Estas reduções foram substancialmente causadas por ajustes nas contas de Adiantamentos a Fornecedores e Contratos a Embarcar Antecipados de Pacotes Turísticos.

Reflexo da pandemia: prejuízo de até R$ 950 milhões

A CVC identificou impactos relevantes relacionados aos efeitos da pandemia de Covid-19 em suas atividades no primeiro trimestre de 2020. O impacto total esperado em função do Covid-19 nos resultados, de acordo com a própria companhia, será de aproximadamente R$ 950 milhões, dos quais R$ 846 milhões (ou 89% do total) não tem efeito caixa.

Impairment: a redução significativa nas operações da companhia e de suas controladas ao longo de 2020 e as perspectivas relacionadas à retomada das atividades do setor de viagens e turismo indicam impossibilidade de recuperação de certos ativos, levando à necessidade de registro de provisão para impairment no primeiro trimestre de 2020, em valor aproximado entre R$ 400 e R$ 600 milhões.

Reversão de impostos diferidos ativos: necessidade de registro de provisão para perda de créditos fiscais diferidos relativos a prejuízos acumulados e diferenças temporárias no valor aproximado de R$ 335 milhões.

Gastos com cancelamentos e reembolsos de viagens futuras: volume de cancelamentos de viagens chegou aos R$ 96 milhões até 30 de junho de 2020. Os cancelamentos geraram perdas relativas a valores já pagos pela CVC e que não são recuperáveis  de aproximadamente R$ 13 milhões. Adicionalmente, a companhia informa que incorreu em custos de aproximadamente R$ 3 milhões referentes a repatriação de passageiros durante a pandemia.

Aumento da Inadimplência: o atual cenário econômico gerou um incremento da inadimplência de clientes da companhia no primeiro trimestre de 2020 que atualmente corresponde a R$ 72 milhões, relativos a saldos em aberto a receber de clientes e franquias, com baixa expectativa de recuperação.

Outras Perdas: o atual cenário relativo ao segmento de viagens e turismo impôs à Companhia perdas relacionadas a contratos com fornecedores que contemplam créditos para utilização futura, originados a partir de pagamentos antecipados e que já foram efetuados (relativos, por exemplo, a hotéis, companhias aéreas e navios) de aproximadamente R$ 16 milhões.

Adicionalmente, a companhia informou que atualmente possui um saldo de aproximadamente R$ 380 milhões junto a companhias aéreas, referentes a bilhetes já pagos e que podem gerar perdas adicionais caso alguma companhia aérea encerre suas operações sem honrar ou transferir estes bilhetes para outra empresa.

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