Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Agências e Operadoras / Turismo em Dados

Faturamento das viagens corporativas atinge níveis pré-pandemia em março

Gervasio Tanabe, presidente executivo da Abracorp enxerga hoje a questão do IRRF, da responsabilidade solidária e a falta de sensibilidade dos fornecedores os principais desafios do agenciamento no País.

Gervasio Tanabe, presidente executivo da Abracorp

Dados divulgados pela Abracorp mostram que o setor de viagens corporativas praticamente retomou o faturamento pré-pandemia neste mês de março, em comparação com o mesmo período de 2019, ao atingir R$ 869 milhões no mês passado, apenas 2% abaixo da marca pré-pandemia (R$ 890 milhões). No acumulado do primeiro trimestre, por sua vez, o resultado de todos os segmentos foi de R$ 1,856 bilhão, ainda 27% abaixo aos números de 2019.

Segundo o estudo, o faturamento está crescendo, mas o número de viajantes não segue o mesmo ritmo e registrou queda de 40% em março em relação ao mesmo mês de 2019. Ainda de acordo com a Abracorp, o total de bilhetes emitidos tem uma relação direta com a inflação do setor e alta dos preços, que está sendo liderado pelo setor aéreo, cujo peso no volume de transações em viagens é de quase 70%.

Segundo o estudo, o faturamento está crescendo, mas o número de viajantes não segue o mesmo ritmo e registrou queda de 40% em março em relação ao mesmo mês de 2019

“Há uma nova tendência de redução de viagens aéreas mais curtas de alguns setores, visando a otimização do tempo, que se intensificou com a pandemia e o trabalho home office. As viagens mais longas estão retomando o seu ritmo, além de outros setores como infraestrutura, agro e logística que tem demandado muita movimentação”, afirma Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp – Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas.

Segundo os estudos que analisa 11 setores do mercado, no mês de março, todos cresceram em relação aos anos anteriores. Serviços aéreos faturaram R$ 576 milhões, frente a R$ 300 milhões em fevereiro e R$ 577 milhões em março 2019. Outro segmento positivo foi o de hotéis, que faturou R$ 225 milhões, ficando acima dos R$ 218 milhões em 2019.

“São boas notícias, sem dúvida, porém os resultados das agências corporativas não acompanham esse crescimento no faturamento do setor, em razão da elevação dos custos operacionais e dificuldade na contratação de mão de obra, que afetam sua produtividade”, diz Tanabe.

RECUPERAÇÃO – O setor de agências de viagens chegou a perder em torno de 50% dos empregos entre 2019 e 2021, em razão da retração das viagens corporativas. Em 2022, porém, na avaliação da Abracorp, já se espera uma recuperação dos empregos, que vêm sendo retomados desde o início deste ano. Alguns desafios pela frente são conseguir trazer esses trabalhadores de volta e conseguir o equilíbrio sustentável diante da alta de preços

Receba nossas newsletters