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Agências e Operadoras

Ski Brasil se une a americana e lança nova plataforma de reservas

Eduardo Gaz, diretor Ski Brasil

Eduardo Gaz, diretor Ski Brasil


Atenta ao potencial de crescimento do mercado de viagens de esqui no Brasil, a operadora Ski Brasil firmou uma parceria estratégica com a empresa americana Ski.com. A partir de uma plataforma tecnológica inovadora, a Ski Brasil disponibilizará reservas online de todos os serviços ligados a prática do esqui – meios de hospedagens, traslados terrestres, equipamentos, aluguel de carros, tickets para acesso às pistas e bilhetes aéreos. “A Ski.com é a maior operadora de esqui do mundo. Ela criou um sistema único que facilita a venda e, ao mesmo tempo, oferece um atendimento personalizado aqueles que necessitam. Se não tivéssemos feito essa parceria, demoraríamos, pelo menos, 10 anos para conseguir desenvolver algo similar ao mercado brasileiro”, explica Eduardo Gaz, diretor da Ski Brasil, em entrevista exclusiva ao MERCADO&EVENTOS.

As negociações entre as duas companhias tiveram início há mais de um ano. O acordo foi oficializado no mês passado. De acordo com Gaz, a Ski.com buscava expandir suas operações regionalmente e os países escolhidos foram o Brasil e o México. Em território mexicano, a operadora norte-americana fechou acordo com a Holam Viajes. “Vamos tropicalizar a plataforma para o Brasil. Semanalmente, faço reuniões com o CEO da Ski.com, Harry Peisach, para entender todo o funcionamento da tecnologia”, declara Gaz, lembrando que a Ski.com fatura anualmente no mundo US$ 500 milhões. Gaz lembra que dos cinco milhões de brasileiros que viajam para o exterior por ano, apenas 100 mil procuram destinos de neve. “Nossa meta é dobrar esse número nos próximos três anos”, anunciou. 


A nova plataforma tecnológica integrada da Ski Brasil será lançada no dia 1º de setembro. “A partir de segunda-feira, dia 14, já iniciamos os primeiros testes de implantação das práticas de controle e atendimento e de adaptação de produtos”, diz o diretor. Entre os serviços que serão disponibilizados pelo novo sistema estão: o pagamento do pacote de viagem em até 24 vezes sem juros e a prestação de consultoria sobre os mais diversos assuntos como melhores horários para esquiar; dicas do que levar para a montanha e melhor época para visitar determinado destino de neve. “Toda a negociação de tarifas será conjunta. Teremos preços bem atrativos. Queremos desmistificar o esqui no Brasil  facilitando tanto a compra para quem já conhece a atividade e oferecendo novas opções de locais como também apresentar o esqui para os inciantes e seus benefícios para o convívio familiar”, acrescenta Gaz.

Por meio desse novo sistema, a Ski Brasil oferecerá mais de 100 destinos de neve no mundo e contrato com quatro mil hotéis. “Antes tínhamos acordo com 200 unidades hoteleiras”, ressalta.  Além disso, a operadora estuda a melhor maneira para operacionalizar o call center. Ele não será, necessariamente, implementado no Brasil. É preciso verificar os meandros da legislação nacional e os custos. “Como um grupo internacional, teremos atendimento em três idiomas: português, inglês e espanhol”, conta. Com essa plataforma no ar, a Ski Brasil também transformará sua marca. Ela passará a ser nomeada de Ski Brasil.com.

Grande parte da distribuição desses produtos e serviços será realizada via as agências de viagens. “Teremos condições de responder com mais agilidade todas as solicitações e atingir agentes em todo o território brasileiro. Assim que lançada a ferramenta, faremos uma série de roadshows e treinamentos para capacitar esses profissionais”, adianta o diretor. A Ski Brasil está programando, inclusive, trazer agentes do interior do país para eventos de qualificação nas capitais. “Podemos alcançar mais de três mil agências de viagens no país todo”, frisa. Na Ski.com, 70% das vendas são feitas através das agências. 

O desafio da Ski Brasil é ser a maior vendedora de Aspen – centro de esqui nos Estados Unidos – no mundo, depois da Ski.com, e ser a segunda maior operadora a comercializar os outros destinos de neve internacionais. Nos últimos quatro anos, a Ski Brasil cresceu em 8% no transporte de turistas brasileiros para as estações situadas no hemisfério sul  e cerca de 16% nos destinos de neve do hemisfério norte. “Nossa proposta é atingir a marca dos três dígitos. Temos consciência de que teremos mais dificuldade na área sul, principalmente, em virtude da concorrência com as grandes operadoras experts como Calcos e Agaxtur. Mas estaremos preparados”, conclui. 

Leila Melo

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