Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Curiosidades

Airbnb agrava crise habitacional em Nova York; entenda

Cidade de Manhattan, em Nova York

Cidade de Manhattan, em Nova York

O site Skift publicou uma reportagem, no final de junho, falando sobre o papel do Airbnb na crise habitacional de Nova York. As informações foram baseadas em um relatório encomendado pela MFY Serviços Jurídicos e pelo Housing Conservation Coordinator. Este último é uma organização sem fins-lucrativos que busca preservar a habitações do lado oeste de Manhattan. A investigação apontou que, para cada um dos 20 primeiros bairros das listagens do Airbnb em Manhattan e no Brooklyn, o aumento da renda média de aluguel quase dobrou a média da cidade de 2011 a 2015.

A região também perdeu mais de oito mil unidades habitacionais para a plataforma em 2015, reduzindo o acesso a habitação a preços acessíveis em 10%. Esta redução aconteceu porque algumas pessoas perceberam que alugar suas casas no modelo Airbnb é mais vantajoso que a locação de longo prazo. Além disso, há casos de empresários do setor de hospedagem (pousadas, albergues, entre outros) que usam a plataforma para otimizar seus lucros, aproveitando a falta de regulamentação do modelo.

O estudo ainda constatou que mais de 55% das listas do Airbnb Nova York, em 2015, violaram a lei de habitação de curto prazo do estado e permitiram que aluguéis fossem feitos por mais de um terço do ano. Outro ponto apurado mostrou que cerca de 30% destas listas foram executadas pelos operadores comerciais (aqueles que alugaram múltiplas unidades habitacionais ou que tinham listas disponíveis por mais de seis meses por ano).

A receita gerada por estes operadores foi de US$ 317,5 milhões no ano passado. De acordo com uma média do estudo, as unidades do Airbnb de Nova York são alugadas 11 dias por mês, ou 132 dias por ano, o que significa que estas moradias ficam indisponíveis durante cerca de 5 meses para residentes.

Outro lado – Em resposta, o Airbnb disse que o relatório era “mentiroso” e que se o objetivo real fosse conseguir habitação a preços acessíveis, seriam feitas reivindicações aos políticos. O site ainda citou o programa de crédito fiscal 421-a, que expirou no início deste ano e ainda não teve projeto de lei de substituição aprovado.

A proposta deste projeto consiste em dar créditos fiscais para desenvolvedores que incluam habitação a preços acessíveis em seus projetos de construção. Além disso, o programa garante rendas estabilizadas para os inquilinos de edifícios por um determinado período de tempo. O Airbnb também refutou as alegações de que um número crescente de seus hospedeiros são operadores comerciais, especialmente em Nova York.

Em dezembro de 2015, a empresa registrou que 95% de todos os anfitriões de casas em Nova York compartilharam apenas uma listagem; 99% de todos os imóveis listados na plataforma foram compartilhados pelos anfitriões com um ou dois anúncios (95% de participação de um perfil, 4% de participação de duas listas) e que 90% dos seus hospedeiros indicaram a propriedade que disponibilizam como suas casas permanentes.

Esta informação foi divulgada em um lançamento público dos dados de Nova York, em Novembro de 2015, com o objetivo de remover listagens dos operadores comerciais. Em fevereiro, um artigo publicado no Bloomberg mostrou que muitos desses maus atores que foram removidos da plataforma já estavam de volta no site, listando várias unidades.

Além deste relatório, um estudo apoiado pela American Hotel & Lodging Association (AH & LA) também mostrou a crescente popularidade do Airbnb entre os operadores comerciais. A pesquisa apurou que a partir de setembro de 2014 a 2015, 909 anfitriões em Nova York eram operadores comerciais, contribuindo com 24% de toda a receita do Airbnb para esse período na cidade.

Para ler a reportagem na íntegra, acesse: www.skift.com.

Receba nossas newsletters