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Aviação

​Setor aéreo não deve repetir bom desempenho de 2014, diz Abear

Eduardo Sanovicz

Eduardo Sanovicz


A demanda total consolidada por viagens aéreas domésticas, na medida em passageiros-quilômetros transportados, cresceu 3,8% nos primeiros seis meses de 2015 em relação a 2014. O comportamento revela uma queda no ritmo de evolução da atividade de transporte aéreo dentro do país, que até maio registrava alta acumulada de demanda de 4,2%.
 
Também sobre o primeiro semestre do ano passado, a oferta, medida em assentos-quilômetros oferecidos, foi ampliada em 2,8%. Com a demanda avançando um pouco acima da oferta, houve uma melhora do fator de aproveitamento dos voos em 0,7 ponto percentual, para 80%. O total de passageiros transportados somou 47,1 milhões, em alta de 3,3%. As estatísticas são referentes às operações de Avianca, Azul, Gol e Tam, integrantes da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).
 
“Temos um cenário que inspira maior atenção desde meados do ano passado, quando o mercado, o segmento corporativo, em especial, começou a dar sinais de uma menor disposição de consumo. As companhias aéreas reagiram oferecendo produtos mais atrativos, destinos, tarifas, aumentando os esforços de vendas, o que garantiu ainda o desempenho bom de dezembro e janeiro. Mas desde então nossas taxas mensais de demanda tem mostrado tendência de redução”, avalia o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. Depois de crescer 7,7% em dezembro e 9,1% em janeiro, o ritmo de crescimento da demanda doméstica se reduziu, com altas de 4,1% em fevereiro, 2,8% em março e abril, e 1% em maio.

Na interpretação de Sanovicz, “com base nessa trajetória, dificilmente repetiremos o resultado de 2014, de crescimento anual da ordem de quase 6%”.

Números do mês – Em junho, especificamente, que têm parte do fluxo reforçado pelo início das férias escolares, a demanda doméstica consolidada mostrou alguma reação e cresceu 1,7% sobre o mesmo mês de 2014. Como a oferta evoluiu em um patamar ligeiramente superior, 2,5%, o fator de aproveitamento teve retração de 0,6 ponto percentual, ficando em 77,9%. Esse é o segundo mês consecutivo que o indicador apresenta retração, além de ser quarta baixa nos últimos cinco meses. Foram 7,6 milhões de passageiros transportados no país em junho, 6% a mais que no ano anterior.
 
“O mercado brasileiro opera hoje com índices de ocupação em linha com os de mercados maduros, como o norte-americano, na casa dos 80%. A dificuldade em manter a estabilidade mensal em relação ao ano anterior, todavia, mostra que essa é uma temporada que têm exigido atenção redobrada das companhias na condução dos negócios”, pondera o consultor técnico da Abear, Maurício Emboaba. “Mas devemos tomar cuidado ao tirar conclusões desses dados mensais, porque a base do ano passado traz atipicidades decorrentes da realização da Copa do Mundo. Para avaliar as tendências gerais, os números do semestre são mais adequados”.
 

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