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Aviação

Air France-KLM: após queda de 50% da demanda, governo anuncia ‘apoio maciço’

Air France e KLM anunciam medidas por conta do coronavírus

Governo da França garantiu “apoio maciço” ao grupo Air France-KLM

A Air France-KLM registrou uma queda de 50,6% na demanda de passageiros (RPK) em março, por conta de cancelamentos e restrições provocadas pela pandemia de coronavírus. A companhia informou que a queda pode ser ainda maior, chegando a 90% nos meses de abril e maio. Mediante este cenário, o Estado francês estuda uma nacionalização temporária da companhia, para evitar que a crise ganhe proporções maiores.

O ministro da Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire, afirmou na última quarta-feira (8) que a Air France receberá “apoio maciço” do Estado para garantir a sobrevivência de uma empresa que, devido à interrupção quase completa de sua atividade, está perdendo bilhões de euros por mês.

Entre as possibilidades de ajuda está um aumento de capital acionário para garantir liquidez a companhia. Atualmente, a França possui 14% do capital acionário da Air France-KLM, mesma porcentagem que a Holanda. Outra alternativa é uma nacionalização temporária da companhia. “A Air France receberá esse apoio do estado, queremos salvar a todo custo esse gigante da indústria francesa”, afirmou o ministro.

Cenário de incerteza

O grupo Air France-KLM destacou o cenário de incerteza a partir de junho, que deve tornar necessário outros ajustes. “Além de maio de 2020, o Grupo atualmente não pode fornecer informações devido ao alto nível de incerteza sobre a duração da crise, mas acompanhia continuamente a situação e, consequentemente, avalia se são necessários ajustes de rede”, destacou a empresa em comunicado.

O mês de março marcou uma queda de 56,6% no número de passageiros transportados em relação ao mesmo mês do ano passado, totalizando 3,6 milhões de passageiros, contra 7,1 milhões em março de 2019. Para abril e maio este número deve ser ainda menor, devido à suspensão das operações da Transavia, empresa low-cost do grupo, e também à redução da operações de Air France e KLM a voos essenciais nos hubs de Paris (Charles de Gaulle) e Amsterdã, respectivamente.

Números de março

Além da queda na demanda, a oferta (ASK) caiu 34,8%, enquanto a taxa de ocupação despencou 21 ponto percentuais, de 87% para 65,4%. As maiores reduções foram nas rotas para a Ásia, com queda de aproximadamente 66% de demanda e 48% na oferta. Outro grande impacto aconteceu nas rotas de curta distância, com queda de 60% em demanda e de 44% em oferta. Para países da América Latina estas quedas foram de 38% e 26%, respectivamente.

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