América Latina tem o segundo maior nível de concentração de assentos aéreos em 2023

Comparativo sobre a oferta total de assentos das 25 maiores empresas aéreas em diferentes regiões (Divulgação)

À medida que a aviação se recupera para os níveis pré-pandemia em 2023, é fundamental entender como as empresas aéreas estão posicionadas para obter eficiência e crescimento. É este o debate que o Country Director da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), Dany Oliveira, trouxe à tona recentemente. Um comparativo sobre a oferta total de assentos das 25 maiores empresas aéreas em diferentes regiões, por exemplo, revela nuances marcantes nas estruturas de mercado.

Segundo sua análise, os três maiores mercados regionais – América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico – apresentam comportamentos variados de concentração de mercado. A curva acentuada da América do Norte indica um maior nível de concentração, com as três principais empresas aéreas detendo 50% da capacidade de assentos programados da região e as 10 principais empresas aéreas capturando 89% do mercado total. No outro extremo do espectro, a região Ásia-Pacífico é menos concentrada.

No caso da América Latina, onde estamos inseridos, a curva mostra que a região tem o segundo maior nível de concentração de mercado, com cinco empresas aéreas dominando cerca de metade da oferta de assentos. Só ficamos atrás da América do Norte, que tem 50% de mercado concentrado em apenas três companhias aéreas.

No caso da América Latina, onde estamos inseridos, a curva mostra que a região tem o segundo maior nível de concentração de mercado, com cinco empresas aéreas dominando cerca de metade da oferta de assentos. Só ficamos atrás da América do Norte, que tem 50% de mercado concentrado em apenas três companhias aéreas. Quando chegamos a 10 empresas aéreas, vemos que a curva de concentração de assentos chega perto de 75%.

“Apesar das diferentes estratégias utilizadas em resposta à pandemia, as participações de mercado regionais das empresas aéreas mantiveram, em grande parte, seus perfis pré-pandêmicos. À medida que os voos internacionais vão se recuperando, a consolidação do mercado poderá desempenhar um papel mais importante na gestão do #crescimento e controle dos custos”, informou o Country Director.

“Apesar das diferentes estratégias utilizadas em resposta à pandemia, as participações de mercado regionais das empresas aéreas mantiveram, em grande parte, seus perfis pré-pandêmicos”

De acordo com dados da Iata, a teoria econômica e experiência nos mostram que, de modo geral, as empresas buscam consolidação para impulsionar seu crescimento, aumentar a competitividade, reduzir custos e diminuir riscos de mercado. A estratégia de consolidação deixa as empresas melhor preparadas para enfrentar crises – principalmente afirmar sua sobrevivência em momentos críticos de recessão econômica.

“Essa estratégia de negócios é fundamental para qualquer setor que enfrente desafios na expansão de sua força de trabalho e na distribuição eficiente da capacidade entre os mercados, e deve ser uma opção também para as empresas aéreas nessa nova era de crescimento sustentável”, finalizou Dany Oliveira.