Aviação brasileira chega ao 14° mês de retração e volta aos níveis do início da década

Aéreas acumulam 1 ano e 2 meses de perdas

Está díficil para as companhias aéreas brasileiras visualizarem “uma luz no fim do túnel” com relação aos seus resultados mensais. Para setembro, por exemplo, foi registrado o 14° mês consecutivo de retração. De acordo com a própria Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas Brasileiras), a baixa demanda põe o setor doméstico em níveis do início da década. Para se ter uma noção, o índice seguiu em queda em setembro, recuando 4,4% ante o mesmo mês de 2015, enquanto a oferta, em baixa há 13 períodos, também apresentou retração de 5%.

No mês, foram transportados 7,1 milhões de passageiros nos voos realizados dentro do país, baixa de 6,5%. Em valores absolutos, a demanda total apurada para um mês de setembro é a mais baixa desde 2010. Para a oferta e para o volume passageiros transportados, os resultados são os mais fracos desde setembro de 2012. Para um mês qualquer dentro da série histórica, os números são os menores desde junho desse ano para os três indicadores.

De janeiro a setembro, a oferta acumula baixa de 6,1%, acompanhando a demanda em queda de 6,3%. O fator de aproveitamento tem piora de 0,2 p.p (80%), e o total de passageiros registra queda 8% (65,4 milhões de viagens).