B737 MAX não volta a voar antes de fevereiro de 2020, dizem pilotos da Southwest

Inúmeras etapas devem ser concluídas para que a FAA e outros reguladores considerem o B737 MAX seguro para retornar ao serviço

O otimismo da Boeing com relação ao retorno das operações do B737 MAX, fora de serviço desde meados de março em todo o mundo, tomou “um banho de água fria”, nesta terça-feira (15), da própria Associação de Pilotos da Southwest Airlines (SWAPA). Enquanto a American Airlines adiou o possível retorno para janeiro de 2020, os pilotos da Southwest acreditam que a retomada das operações do MAX não acontece antes de fevereiro.

A companhia retirou os B737 MAXs de operação pelo menos até o dia 6 de janeiro. Porém, o presidente da SWAPA, Jon Weaks, afirmou em nota aos seus membros que a associação acredita que a aeronave só retoma os serviços mesmo em fevereiro, “para não dizer o mínimo”, com base no ritmo que a Boeing está coordenando as devidas modificações com a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA).

Inúmeras etapas devem ser concluídas para que a FAA e outros reguladores considerem o B737 MAX seguro para retornar ao serviço após os dois acidentes fatais num período inferior a seis meses. A SWAPA solicitou a inclusão no teste do simulador FAA do 737 MAX modificado. A Southwest dará a seus pilotos exatos 30 dias para treinar a aeronave modificada, antes que a companhia aérea os reintroduza em seus devidos slots.

São 34 B737 MAX 8s da Southwest Airlines devidamente parados em todos os Estados Unidos desde março, com mais 262 MAXs já encomendados. “Nossa estimativa mais otimista é que no fim deste mês já estejamos prontos para testar o simulador e, no começo de novembro, já estejamos prontos para a certificação de voo”, disse Weaks, afirmando que este é o melhor cenário possível que pode acontecer.