CEO da Malaysia: “situação é mais desafiadora do que o previsto”

O novo CEO da Malaysia Airlines, Christoph Mueller, que assumiu o cargo no último dia 1º de maio, afirmou que a situação financeira da companhia é mais desafiadora do que era previsto, mas que pretende diminuir o tamanho do problema e revigorar a imagem da Malaysia Airlines, que ficou manchada por conta dos acidentes aéreos nos últimos anos.

A companhia aérea da Malásia sofre as drásticas consequências por conta dos dois desastres aéreos com aeronaves de sua frota. A tentativa de trazer um novo CEO, ex-chefe da Aer Lingus, para supervisionar a reviravolta sofrida pela companhia agora precisa dar resultados.

Em memorando na última terça-feira (05/05), Mueller agradeceu a recepção calorosa promovida por todo o staff da Malaysia Airlines desde que iniciou os trabalhos, mas também destacou que alguns segmentos da organização parecem depressivos e que os clientes afirmam que o serviço está se deteriorando. “A companhia está sofrendo amargamente por conta da baixa reputação no mercados-chave com muitas pessoas evitando voar de Malaysia por se sentirem assustadas”, disse o CEO.

A Malaysia Airlines já se move para cortar cerca de 6000 empregos ou mandar quase 30% de todo o seu staff embora. “Já que a Malaysia Airlines, que precisa se revigorar e ser praticamente uma nova companhia, irá ficar menor em termos de tamanho, nós infelizmente não temos vagas de emprego para todos”, disse Mueller.

O CEO afirmou que o plano agora é o corte geral de custos, que estão atualmente 20% maior do que de seus concorrentes, além de recuar em mercados onde a Malaysia não pode mais ser competitiva. “Algumas horas você precisa recuar, se reforçar e se reagrupar antes de voltar a crescer. E este é o nosso maior foco ultimamente. Queremos retomar o crescimento na última fase de nossa total restruturação”.

Malaysia resolve colocar toda sua frota A380 á venda

Na última semana, a Malaysia Airlines decidiu colocar sua frota inteira de seis Airbus A380 a venda, além de quatro Boeing 777-200ERs, como forma de amenizar as perdas constatadas pela companhia que atingiu milhões de dólares.

A companhia aérea já se demonstrou aberta para a venda ou arrendamento imediato das aeronaves. Entre as aeronaves que foram postas a venda, dois Boeing 747-400s e quatro A330-200s da Airbus são exclusivamente utilizados para transporte de mercadorias.