As companhias aéreas nacionais registraram, em dezembro, média de 2.036 decolagens diárias, 84,7% da malha doméstica que operavam no início de março de 2020, antes da pandemia, quando haviam em torno de 2,4 mil partidas diárias. Dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) revelam que este é o melhor resultado em 21 meses, desde abril de 2020, quando a oferta diária de voos encolheu para 6,8%, ou apenas 163 voos por dia.
“Esses dados mostram a resiliência das companhias aéreas brasileiras, apesar das dificuldades geradas pela pandemia e da alta do querosene de aviação e dos constantes recordes de cotação do dólar em relação ao real, já que mais de 50% dos custos do setor são dolarizados”, afirma o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. Segundo ele, a normalidade da operação aérea deverá ser verificada em março ou abril de 2022.No mercado internacional, os dados mais recentes mostram que as companhias aéreas alcançaram, em dezembro, 41,1% da malha de voos internacionais em comparação com o período pré-pandemia. Neste caso, enfatiza Sanovicz, a recuperação integral deverá ser obtida até o fim de 2023.
“A Abear encerra com orgulho o ano de 2021, após atravessar o pior período da maior crise da história da aviação comercial brasileira. Mas é muito importante lembrar que para podermos obter uma retomada consistente é necessário enfrentar os custos estruturais, principalmente a alta do QAV e a tributação que ainda onera o setor e a sociedade”, diz Sanovicz.