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Aviação

Compra da Air Europa pelo IAG vai ser rescindida e novamente negociada; entenda

Air Europa será a responsável pela operação

De acordo com o IAG, a pandemia frustrou a compra da Air Europa nos termos que ambas tinham acordado há dois anos.

O International Airline Group (IAG), administradora de British Airways e Iberia, e a Globalia, dona da Air Europa, confirmaram nesta semana que “as negociações para rescindir o atual acordo estão em estágio avançado”, conforme informou a Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários da Europa (CNMV). De acordo com o IAG, a pandemia frustrou a compra da Air Europa nos termos que ambas tinham acordado há dois anos.

A ideia portanto é quebrar este negócio para poder começar do zero um novo e renegociar tudo novamente, com condições de compra adaptadas ao contexto atual, afirma o comunicado. O acordo tinha sido assinado há mais de dois anos, em novembro de 2019, mas, com a chegada da pandemia, a operação de compra foi suspensa.

A crise obrigou o governo a resgatar a Air Europa para evitar a sua falência, enquanto a Iberia renegociou o preço inicial de um bilhão para 500 milhões de euros, considerando que a empresa já tinha sido desvalorizada. Por outro lado, a aquisição aguardava a aprovação da Comissão Europeia, que desde o início duvidou que o negócio não infringiria a livre concorrência, visto que a Iberia e a Air Europa competem na América Latina.

O que vai acontecer agora?

A decisão significa voltar ao ponto de partida, mas num contexto muito pior para a Air Europa e para o setor em geral. A Iberia terá de renegociar estas condições novamente com a Comissão Europeia para garantir a livre concorrência. A quebra do acordo inicial também significa que o IAG terá que pagar uma multa de 40 milhões de euros à Air Europa, aos quais devem ser adicionados mais 35 milhões para poder continuar com a negociação.

A Air Europa, por sua vez, está numa situação delicada pois recebeu 475 milhões de euros de auxílio do fundo Sepi, que o Governo criou para ajudar as empresas atingidas pela pandemia. Ele também solicitou um empréstimo da OIC, de modo que a dívida a cargo dos cofres públicos é de mais de 600 milhões.

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