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Conectividade: aéreas debatem desafios da diversificação de portões de entrada

Painel debateu os desafios da diversificação de portões de entrada

Painel debateu os desafios da diversificação de portões de entrada (Eric Ribeiro/M&E)

SÃO PAULO – Os “Desafios da Diversificação de Portões de Entrada – Mercado Américas” dominaram o segundo painel do II Fórum Conectividade, que acontece durante toda esta segunda-feira (2). Representantes de grandes companhias aéreas participaram do debate moderado pela presidente da Abav Nacional, Magda Nassar.

Entre eles, José Roberto Trinca, diretor de Vendas para São Paulo e Sul da American Airlines, Fábio Camargo, diretor da Delta Air Lines no Brasil, Gustavo Esusy, gerente Comercial da Avianca Holdings no Brasil, Diógenes Toloni, diretor geral da Aerolíneas Argentinas no Brasil, Randall Aguero, diretor de Alianças, Distribuição e Desenvolvimento Internacional da Gol, e Carlos Antunes, gerente de Vendas Mercosul da Copa Airlines.

São Paulo e Rio de Janeiro são hoje os maiores hubs do Brasil, principais portas de entrada de norte-americanos. Somente a capital paulistana recebeu cerca de 45% do fluxo total de estrangeiros em 2018/2019. Com os custos e gargalos atuais, o que ainda impede o desenvolvimento esperado no país? Quais ainda são os entraves e qual é o principal desafio que as companhias encontram todos os dias no Brasil?

American Airlines

Para José Roberto Trinca, é possível celebrar grandes avanços conquistados pelo Brasil em 2019. “O Brasil tem grande potencial e o governo tem feito muitas coisas boas que tem nos auxiliado. A eliminação de vistos para norte-americanos foi extremamente positiva. A demanda está altíssima, os voos estão cheios, e estamos felizes com o resultado que o Brasil está tendo, bem como o Open Skies”, disse o diretor da American.

“É uma realidade sim, sendo altos ou baixos, mas a avaliação que a American faz, com seus 48 voos diários atuais, é a importância do mercado e qual sua condição atual para voos mais voltados para oferta e demanda” – José Roberto Trinca, sobre custos operacionais.

José Roberto Trinca, da American Airlines

José Roberto Trinca, da American Airlines (Eric Ribeiro/M&E)

“Anunciamos a terceira frequência São Paulo-Miami e a retomada dos voos entre Rio de Janeiro e Nova York. Este é o comprometimento da American do Brasil. Estamos operando todos os dias, crescendo, ampliando voos, reduzindo quando necessário, mas eu discordo em relação aos custos operacionais. É uma realidade sim, sendo altos ou baixos, mas a avaliação que a American faz, com seus 48 voos diários atuais, é a importância do mercado e qual sua condição atual para voos mais voltados para oferta e demanda. A demanda é o que nos guia mais para avaliar rotas específicas e aumentar ou diminuir frequências”, completou o José Roberto Trinca.

Delta Air Lines

Fábio Camargo, diretor da Delta Air Lines no Brasil, além de comentar sobre a parceria com a Latam Brasil, que tem tudo para aumentar a presença da companhia do Brasil, lembrou que nenhuma companhia é uma ONG. “Não existe Salvador da Pátria. A capacidade mudou, o visto mudou, o dólar mudou, e todas as companhias querem crescer de maneira rentável e sustentável, com equilíbrio das operações. Como todas buscam o lucro, qualquer iniciativa que mexe nesta balança é bem-vindo”, destacou Camargo.

“Ainda estamos um passo atrás, por mais que sejamos otimistas. A economia caiu 10% desde 2014, e vem crescendo abaixo de 1%. Temos bastante para retomar, mas estamos num patamar estável” – Fábio Camargo, diretor da Delta no Brasil.

Fábio Camargo, da Delta Air Lines

Fábio Camargo, da Delta Air Lines (Eric Ribeiro/M&E)

Para o diretor, cada investimento contribui um pouco para haver mais demanda, embora o PIB não esteja ajudando. “Ainda estamos um passo atrás, por mais que sejamos otimistas. A economia caiu 10% desde 2014, e vem crescendo abaixo de 1%. Temos bastante para retomar, mas estamos num patamar estável. A maioria das companhias teve que tirar oferta. Adicionar um voo fora dos grandes hubs sem parceiros que não geram demanda, é muito díficil. Poucas conseguem ‘parar de pé’. È preciso agregar demanda para que possamos operar”, disse.

Copa Airlines

Carlos Antunes, da Copa Airlines

Carlos Antunes, da Copa Airlines (Eric Ribeiro/M&E)

Já de acordo com Carlos Antunes, gerente de Vendas Mercosul da Copa Airlines, hoje é mais fácil crescer a oferta em São Paulo do lançar voos para uma nova cidade no Brasil. “Trabalhamos num ambiente regulamentado, com serviços de primeiro mundo, mas o Brasil ainda não é um pais de primeiro mundo. Ainda não temos fingers para todos os passageiros, por exemplo. Se temos estas dificuldades em São Paulo, imagina outros pontos do Brasil. É preciso ter coragem para abrir rotas em pontos que fogem do eixo RJ-SP. É mais fácil abrir uma sexta frequência em São Paulo do que abrir voos em outra cidade”, destacou Carlos Antunes.

Gol

Randall Aguero, diretor de Alianças, Distribuição e Desenvolvimento Internacional da Gol, destacou o papel da companhia na alimentação de voos provenientes do exterior operados por companhias internacionais. “Servimos hoje 76 destinos de maneira direta no Brasil, além daqueles operados por nossos parceiros. E os problemas de operação são potencializados fora do eixo Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, mas temos melhorado neste sentido”, disse Randall.

“Temos portas de saída e entradas fortíssimas no Brasil, como Guarulhos, que alimenta nossos parceiros e leva brasileiros para fora do Brasil. São 135 voos por dia para mais de 30 destinos e em conexão com voos de 12 parceiros. Conseguimos alimentar, por exemplo, a Copa, American, United, Delta e South African a partir de São Paulo, nosso maior mercado”, completou o diretor da Gol Linhas Aéreas.

Randall Aguero, da Gol, Diógenes Toloni, da Aerolíneas Argentinas

Randall Aguero, da Gol, Diógenes Toloni, da Aerolíneas Argentinas (Eric Ribeiro/M&E)

Aerolíneas Argentinas

Para Diógenes Toloni, diretor geral da Aerolíneas Argentinas no Brasil, é importante ter hubs em outros destinos que vão além do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. “Temos voos diários em Porto Alegre, temos operações em Curitiba, voos para Florianópolis e o Rio de Janeiro terá um voo diário agora, por exemplo. “Só que temos que melhorar as condições, ter mais incentivos do governo e de aeroportos, e trabalhar em conjunto. Cerca de 36,5% dos turistas estrangeiros que vêm ao Brasil são argentinos. O segundo são os EUA com 7%. Ou seja, há um grande mercado para ser desenvolvido”, afirmou o diretor da Aerolíneas Argentinas no Brasil.

Avianca Holdings

Gustavo Esusy, da Avianca Holdings

Gustavo Esusy, da Avianca Holdings (Eric Ribeiro/M&E)

Gustavo Esusy, gerente Comercial da Avianca Holdings no Brasil, lembrou do novo momento da companhia no Brasil e na América Latina. “Temos um plano que se chama Avianca 2020 para retomar a rentabilidade e eficiência operacional. Os custos impactam na nossa decisão de abrir novas rotas, mas o Brasil acaba sendo importante para a nossa visão de crescimento. Tanto é que está sendo analisada diversas oportunidades neste mercado já para 2020. Hoje temos voos para Bogotá e Lima a partir de São Paulo e Rio, bem como Porto Alegre-Lima”, afirmou.BARRA-DE-LOGOS_final-29-11

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