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Aviação

Emirates teme possível descontinuação do A380: “não queremos aeronaves sem valor”

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Airbus depende da Emirates para encomendar A380s, enquanto a Emirates depende da Airbus para manter a família no mercado

Não é novidade para ninguém que a Airbus hoje está nas mãos da Emirates quando o assunto é o superjumbo A380. Quase a metade da frota mundial da maior aeronave comercial que está em serviço pertence a companhia liderada pelo presidente Tim Clark. Logo, boa parte da produção do superjumbo depende das possíveis investidas que a Emirates pode dar. O lançamento do A380plus, no último mês de junho, parecia que iria se tornar uma grande “jogada” para impulsionar ainda mais a comercialização da família A380 pelo mundo… Só parecia.

A Emirates hoje é considerada a peça-chave para a manutenção do programa desenvolvimento da maior aeronave comercial do mundo. De acordo com a Bloomberg, que cita fontes anônimas, a Airbus estaria ávida para fechar um acordo que envolve ordens de encomenda junto à companhia árabe a fim de assegurar a produção do superjumbo. A situação hoje é a seguinte: Airbus depende da Emirates para encomendar A380s, enquanto a Emirates depende da Airbus para manter a família no mercado de uma forma lucrativa.

Na época em que o A380plus foi lançado, a Emirates já demonstrava certa preocupação. Agora, a aérea quer assegurar que o futuro do A380-800 está de fato garantido. “Sabemos que a Airbus gostaria de contar com a gente para fazer alguma coisa”, disse Clark, que ainda aproveitou para alfinetar a fabricante francesa. “Neste momento, porém, não estamos no estado de prontidão para investir. Precisamos de empresas que façam de tudo para manter o programa em andamento. Não queremos ficar com aeronaves que não têm o menor valor”, destacou o presidente da Emirates, que opera atualmente 85 A380s em todo o mundo de um total de 213 unidades em serviço.

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