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Aviação

Emirates demonstra certa preocupação com desenvolvimento do A380plus

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Tim Clark, presidente da Emirates

Se tem alguma companhia aérea que deveria ter ficado eufórica com o lançamento do A380plus, esta seria a Emirates Airline. Mas não foi bem assim. A maior operadora de A380s do planeta espera que a Airbus esclareça quais são suas estratégias e ideias com relação ao futuro do programa de desenvolvimento do superjumbo francês, antes mesmo de considerar realizar uma nova ordem firme de encomenda. “Eu quero saber o que a Airbus fará com esta aeronave”, disse o presidente da Emirates, Tim Clark, durante o Paris Air Show 2017.

Para o executivo, qualquer coisa que a Airbus decida fazer com o widebody terá importantes implicações financeiras e de valor residual à companhia. Ele acredita ainda que as mudanças propostas para o A380plus não serão a “jogada mestre” da fabricante francesa. “Eles precisam introduzir o A380 em outras companhias aéreas, mas não estão conseguindo aguçar o apetite delas”, disse Tim, que demonstrou certa preocupação com relação ao possível abandono do programa de desenvolvimento por falta de uma possível demanda para a “nova aeronave”.

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A380plus parece ter trazido mais preocupação do que euforia à Emirates

A Emirates mesmo, por sua vez, deu claras indicações, a partir das afirmações de Clark, que ainda não está a fim de apoiar totalmente este programa com novas ordens de encomenda adicionais, mesmo com melhorias técnicas sugeridas pela própria Airbus. Sem falar que as mudanças dentro da cabine não agradaram tanto o CEO Tim Clark. O executivo, por exemplo, não quer remover a escada da parte da frente do A380, considerada uma característica importante e icônica do superjumbo. Ao invés disso, quer aproveitar as atuais aeronaves de sua frota que já tem formatação padrão e instalar apenas os winglets, opção ainda não oferecida pela Airbus.

A Emirates tem atualmente 95 A380s em sua frota, com mais cinco unidades do modelo para chegar até outubro. Por outro lado, Clark está de olho mesmo é em aeronaves menores da mesma família widebody, como o A350 ou B787, por exemplo. A ideia é reformular toda a frota de medio e longo alcance da companhias nos próximos 10 anos. É bom lembrar que a própria Emirates, lá em 2014, já tinha cancelado uma ordem bilionária para 70 A350s.

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