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Aviação / Turismo em Dados

Estudo revela baixo número de passageiros detectados com a Covid-19

Teste de Covid-19 para todos os passageiros

Um programa de teste antes do embarque para a rota Milão/Linate-Roma/Fiumicino detectou cerca de 0,8% dos passageiros com Covid-19

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) decidiu apoiaa a publicação Manual on Testing and Cross Border Risk Management Measures (Manual sobre testes e medidas de gerenciamento de riscos nas fronteiras) da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). Este documento fornece aos governos uma ferramenta de avaliação baseada em risco para o uso de programas de testes que podem aliviar as medidas de quarentena.

A publicação foi produzida pelo grupo Collaborative Arrangement for the Prevention and Management of Public Health Events in Civil Aviation (CAPSCA) da OACI, com a experiência de estados, autoridades de saúde pública (Organização Mundial da Saúde – OMS, Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças) e especialistas do setor (Iata, Conselho Internacional de Aeroportos, Conselho de Coordenação Internacional das Associações das Indústrias Aeroespaciais – ICCAIA) .

“Está crescendo o apoio ao nosso apelo por testes sistemáticos para reabrir as fronteiras com segurança, sem medidas de quarentena. Os dados mostram que testes sistemáticos podem reduzir o risco de importação da Covid-19 em viagens a níveis muito baixos – não eliminam totalmente o risco, mas reduzem a níveis muito baixos. Certamente, na maioria dos casos, isso reduziria o risco a níveis que indicam que os passageiros que chegam apresentam menor probabilidade de estarem infectados do que a população local e, portanto, não aumentam significativamente a prevalência da Covid-19 na maioria dos lugares”, disse o CEO da Iata, Alexandre de Juniac.

Programas-piloto para testes de Covid-19 de viajantes estão começando a produzir resultados

  • Um estudo avaliou passageiros que voaram para Toronto com testes em três momentos: na chegada, 7 dias e 14 dias após a chegada; 1% dos passageiros testou positivo durante esse período, com 70% deles detectados no primeiro teste. Em outras palavras, os resultados do estudo podem indicar o potencial de cerca de 60 em cada 20 mil viajantes passarem despercebidos na chegada, que é significativamente menor do que a prevalência subjacente no Canadá;
  • Um programa de teste antes do embarque para a rota Milão/Linate-Roma/Fiumicino detectou cerca de 0,8% dos passageiros com Covid-19. Como esse nível de incidência é consideravelmente maior que a prevalência da Covid-19 relatada na Itália na época, parece que não apenas o teste foi altamente eficaz na identificação de viajantes infectados, como também o teste sistemático é a melhor maneira de detectar casos assintomáticos e quebrar as cadeias de transmissão;
  • Um estudo europeu que será publicado em breve é ainda mais otimista. O estudo apresenta cenários para um mecanismo de teste altamente eficaz. Em um cenário de baixa prevalência, o número de casos positivos não detectados pode ser de apenas 5 a cada 20 mil viajantes, aumentando para 25 em situações de alta prevalência. Esses níveis de incidência ainda são muito mais baixos do que a prevalência subjacente da Covid-19 na Europa.
  • A Iata modelou os resultados dos testes para quantificar o risco que permaneceria se fossem implementados testes sistemáticos antes do embarque. Supondo que o teste identifique 75% dos viajantes corretamente com Covid-19 (a eficácia do teste) em uma população de origem com a prevalência de 0,8% da população (por exemplo, semelhante ao Chile), o risco é de 0,06% dos passageiros com a doença não detectada. Isso significaria 12 casos positivos não detectados para cada 20 mil passageiros que desembarcam.
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