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Aviação

Flybondi chega ao Brasil desafiando a lógica do mercado

Maurício Sana, diretor Comercial da Flybondi

Maurício Sana, diretor Comercial da Flybondi

SÃO PAULO – Autodenominada Ultra Low Cost, a companhia argentina Flybondi inicia seus voos no Brasil no próximo dia 11 de outubro. A aérea voará três vezes por semana entre Buenos Aires e Rio de Janeiro e, a partir de dezembro, entre a capital argentina e Florianópolis. O diretor Comercial da empresa, Mauricio Sana, está no País e explicou como é a operação e estratégia que permitem passagens a partir de R$ 410, sem contar a promoção de lançamento com bilhetes a R$ 1.

“Para nós, eficiência é mais que uma palavra. É uma filosofia”, destacou o executivo, lembrando que uma operação eficiente faz com que os custos sejam muito mais baixos do que os de uma companhia tradicional. “Em condições iguais as nossas, que temos cinco aeronaves, uma companhia normal transportaria 84 mil passageiros por mês. Temos condições de transportar 138 mil”, complementou.

Lucía Ginzo, diretora de Comunicação Corporativa, e Maurício Sana, diretor Comercial da Flybondi

Lucía Ginzo, diretora de Comunicação Corporativa, e Maurício Sana, diretor Comercial da Flybondi

E como isso é possível? Sana explicou que o custo por passageiro da Flybondi é 64% menor do que seria o de uma companhia tradicional. Isso por conta de uma série de fatores: estrutura enxuta, frota padronizada, menor tempo das aeronaves em solo, utilização de aeroportos alternativos e classe única de passagem com a venda de serviços extras.

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“Nosso Boeing 737-800 tem 189 lugares, contra uma média de 160 de outras empresas. Só aí já temos 15% mais assentos para vender. Nossas aeronaves voam em média 12 horas por dia e em outras companhias isso varia de sete a oito horas”, contou. “Operar em um aeroporto alternativo favorece a operação e a pontualidade, porque não há congestionamento”, completou.

NÚMEROS QUE IMPRESSIONAM

A Flybondi começou a voar em janeiro de 2018 e já conta com 26 rotas em 17 destinos, sendo 15 domésticos. Em 2016, o M&E divulgou a primeira notícia sobre o nascimento da companhia, que só começaria a voar dois anos depois. Ainda em 2017, o M&E noticiava a chegada oficial da low-cost, que já nascia com planos de voar ao Brasil.

De lá para cá mais de 2 milhões de passageiros já foram transportados. No mês de agosto a aérea já detinha 9% de marketshare na Argentina, se configurando como a segunda maior companhia aérea do País. “Cerca de 20% destes passageiros andaram de avião pela primeira vez e este é um dos principais objetivos da Flybondi”, ressaltou Sana.

A ocupação média dos voos da aérea em agosto foi de 87% e a pontualidade (levando em conta o standard de 15 minutos) foi de 81%. Mesmo sem ter aterrissado no País ainda, a Flybondi já é um sucesso por aqui. De acordo com Sana, até o momento foram vendidos 22 mil bilhetes dos 44 mil que a empresa já colocou a venda para os voos no Brasil.

OUTROS DESTINOS NO BRASIL

Questionado sobre a possibilidade de um voo para São Paulo, maior mercado emissor do Brasil, ou para outros destinos, Sana disse que há sim a intenção, mas ainda não existe um prazo para que isso ocorra por uma questão de estratégia. “Escolhemos o Rio de Janeiro e Florianópolis para iniciar pois são cidades que têm uma grande demanda de argentinos. E como nossa marca já é conhecida na Argentina, fica mais fácil vender as passagens de uma maneira mais rápida”, disse.

No caso de São Paulo, seria o contrário, uma vez que o fluxo entre Guarulhos e Buenos Aires é muito maior de brasileiros. “Por estratégia, vamos esperar a companhia ser mais conhecida no País”, salientou.

AGÊNCIAS DE VIAGENS

Cerca de 98% dos bilhetes da Flybondi são vendidos de forma direta no site da companhia, o que faz parte da estratégia de baixo custo, conforme explicou o executivo ao M&E. Sana destacou, no entanto, que no Brasil ele conta sim com as agências de viagens para distribuir o seu produto, no entanto, não estará em nenhum GDS e nem no BSP. “Nosso modelo de negócio será direto. Além disso, nosso produto é diferente, e precisaremos explicar bem ao agente de viagens como ele funciona”, finalizou.

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