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Aviação / Destinos / Feiras e Eventos

Fórum ALTA: os desafios para novas companhias aéreas operarem no Brasil

BRASÍLIA – O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, participou da conferência de imprensa que abriu oficialmente o Fórum ALTA Airline Leaders 2019. Além de abordar o desenvolvimento da aviação brasileira nas últimas décadas e revelar os novos desafios do setor, Sanovicz ainda abordou as dificuldades que serão enfrentadas pelas low-costs que queiram operar voos domésticos no Brasil.

Eduardo Sanovicz, presidente da Abear

Eduardo Sanovicz, presidente da Abear (Eric Ribeiro/M&E)

“Hoje temos quatro empresas operando voos de baixo custo no Brasil para o exterior. De acordo com um estudo, a chegada das low-costs baixou em 23% o preço médio dos voos nas rotas em que opera. No entanto, para uma low-cost operar voos domésticos no Brasil, precisa saber que terá que enfrentar os mesmos custos e regras tributárias de outras companhias, bem como respeitar as regras de trabalho na contratação da tripulação. É possível sim que tenhamos novas transportadoras operando voos domésticos no Brasil, mas o resultado desta operação é que ainda é uma questão pendente”, destacou o presidente da Abear.

“Para uma low-cost operar voos domésticos no Brasil, terá que enfrentar os mesmos custos e regras tributárias de outras companhias, bem como respeitar as regras de trabalho na contratação da tripulação”, diz o presidente da Abear

Sanovicz lembrou que a aviação brasileira decolou, de 2002 a 2015, em decorrência da liberdade tarifária, o que elevou de 30 milhões de passageiros/ano em 2002, para 100 milhões em 2012, além de ter derrubado a tarifa média de passagens de US$ 195 para US$ 90 no período de 2002 a 2014. Em 2015, o Brasil ingressou no processo de crise econômica e só recentemente começou a registrar dados positivos. Com o passado de lado, o presidente da Abear lembrou dos novos desafios que passam a ser enfrentados:

  • Queronese da aviação (QAV), que representa 1/3 do custo operacional de uma companhia no Brasil, enquanto no resto do mundo a média gira em torno de 20 a 22%, considerado a “mãe” dos problemas;
  • Modelo tributário no Brasil, com diversas agendas tributárias a serem enfrentadas para fazer o setor decolar;
  • Ambiente regulatório, como o avanço da resolução 400 da ANAC que trata da franquia de bagagem. Brasil deve enfrentar em 2020 a revisão do código brasileiro de aeronautica, do final de 1985, ainda do regime milita
  • Programa de renovação de infraesturutra aeroportuária, que seguem a passos largos nos últimos anos.

Alinhamento dos custos ao mercado internacional e a regulação de tributos são prioridades

Sobre o futuro, Sanovicz afirmou que a Abear segue uma agenda com grandes desafios, como o alinhamento dos custos ao mercado internacional e a regulação de tributos e agendas ligadas à infraestrutura aeroportuária.

“E mais desafios como a conectividade em diversos pontos do País e a integração do ambiente regulatório no sentido de criarmos cada vez mais leituras idênticas de regras e obrigações entre empresas, cadeia produtiva e consumidores em todo o continente”, disse Sanovicz. “Eu creio que a importância de um evento como este e da entidade como a ALTA, acaba criando uma integração do continente em agendas relevantes. É a possibilidade de ampliarmos a integração do ambiente regulatório e controle do espaço aéreo no continente”, completou Eduardo.

O M&E é media partner do Fórum ALTA Airline Leaders 2019 e viaja com apoio da Shift Mobilidade Corporativa e do Nobile Monumental Brasília

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