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Aviação / Destinos

França passa a proibir voos domésticos de curta distância; entenda mais

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As mudanças significarão o fim dos voos entre cidades francesas que já estão conectadas via trem e serão incluídas na Lei do Clima de 2021 da França (Divulgação)

A França passará a proibir voos domésticos de curta distância, com objetivo de combater as mudanças climáticas que tem preocupado todo o mundo. A iniciativa visa reduzir a emissão de carbono, substituindo estes trechos por viagens terrestres, realizadas através de trem, por exemplo. Esta medida tinha sido anunciada originalmente em dezembro do ano passado, como vimos aqui no M&E.

A nova lei vale para viagens que podem ser realizadas em menos de duas horas de trem, acabando com voos do trecho Paris-Lyon, Nantes e Bordeaux por exemplo. A priori, a Convenção dos Cidadãos sobre o Clima da França, que foi criada pelo presidente Emmanuel Macron em 2019, havia proposto a proibição de voos com trajetos que poderiam ser feitos em menos de quatro horas de trem, contudo a duração foi reduzida para duas horas e meia após objeções de algumas regiões e da companhia aérea Air France-KLM.

A medida não agradou nada as companhias aéreas, mas também não impactará voos de conexões. Apesar de ter entrado em vigor apenas hoje – quase dois anos depois da lei ser aprovada, a lei já tem sido aplicada por algumas companhias aéreas. O governo francês obrigou a Air France a abrir mão dos voos em troca de ajuda financeira em maio de 2020, durante a pandemia da Covid.

Alguns críticos descreveram os vetos como “proibições simbólicas” que terão apenas “efeitos mínimos” nas emissões de gases de efeito estufa e que os governos deveriam estar apoiando “soluções reais e significativas” para as emissões aéreas. Laurent Donceel, chefe interino da maior associação de companhias aéreas da União Europeia, a Airlines for Europe (A4E), é um dos personagens que se posicionou contra a decisão, em entrevista à agência de notícias AFP.

A A4E, que representa 70% do tráfego aéreo europeu, destacou sua própria estratégia de zerar as emissões líquidas até 2050, que inclui alterar o combustível de aviões para produtos de fontes não fósseis e implantar aeronaves movidas a bateria ou hidrogênio.

Com informações da DW. 

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