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Aviação / Destinos / Política

Freixo quer usar Fundo da Aviação Civil para promover o Brasil e captar novos voos

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Marcelo Freixo, presidente da Embratur (Eric Ribeiro/M&E)

Além da batalha por um orçamento digno para promover o Brasil no exterior, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) quer usar o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), que atualmente vai todo para pagar bancos (superávit primário), como ferramenta de promoção do Brasil em destinos que não tenham voos diretos, aumentando assim a conectividade aérea e ajudando a reduzir o preço da passagem.

É o que disse o presidente Marcelo Freixo, em entrevista ao canal Flow. “Fizemos uma proposta para os ministros da Fazenda e do dos Portos e Aeroportos, Fernando Haddad e Márcio França, respectivamente, para que possamos utilizar parte desse fundo para promover o Brasil em lugares que as companhias aéreas não possuem voos para o Brasil. Isso aumentaria o número de voos, o número de turistas e ainda ajudaria a reduzir o preço do bilhete aéreo”, destacou.

“Isso aumentaria o número de voos, o número de turistas e ainda ajudaria a reduzir o preço do bilhete aéreo”

Freixo lembrou que já tivemos um crescimento de 40% nos voos internacionais em 2023, na comparação com 2022, mas reconhece que o preço da passagem continua alta. “As companhias aéreas alegam uma série de coisas, como o preço do QAV e subsídios, algo que não cabe a Embratur debater. O que me cabe é aumentar o número de voos para o Brasil e descobrir novos destinos. Uma passagem mais barata é um desafio, mas, se isso acontecer, aumenta muito a capacidade do Turismo por aqui”, frisou.

“Se continuarmos neste nível, podemos superar o maior número de estrangeiros da nossa história, que foi em 2019”

Em cinco meses, tivemos mais turistas estrangeiros por aqui do que todos os 12 meses de 2022. “Se continuarmos neste nível, podemos superar o maior número de estrangeiros da nossa história, que foi em 2019. De janeiro a maio, os estrangeiros gastaram R$ 13 bilhões aqui. O maior volume de gastos da história foi de R$ 25 bilhões em 2019. Ou seja, podemos bater o recorde histórico de gastos de turistas também neste ano”, disse o presidente da Embratur.

Esse trabalho depende do aumento do número de voos, de melhorar a infraestrutura de destinos e promover novas atitudes, como, por exemplo, o afroturismo, algo citado pelo presidente da Embratur. “A história africana dentro do Brasil é enorme. Salvador tem o maior número de negros fora da África do mundo inteiro. O Rio tem um porto que foi a maior porta de entrada de escravos africanos da história da América. Temos Minas Gerais, Maranhão, entre outros destinos que Brasil e África se misturam. O Afroturismo pode ser uma forma de combater o racismo com emprego e renda. A história negra não é um problema, é uma solução”, finalizou.

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