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Aviação

Grupo LATAM nega que segurança dos seus voos esteja em risco; entenda

Os trabalhadores solicitam que sejam tomadas providências sobre a tentativa de substituição de pessoal técnico

Os trabalhadores solicitam que sejam tomadas providências sobre a tentativa de substituição de pessoal técnico


A brasileira TAM já se pronunciou sobre o teor da carta que o CEO do Grupo LATAM, Enrique Cueto, vai receber em mãos dos Mecânicos de Aeronaves de toda a América do Sul da LATAM. A mensagem afirma que ambas as companhias aéreas (LAN e TAM) podem estar colocando em risco a integridade física dos seus passageiros, além de relatar as condições em que a empresa vem tratando os mecânicos de manutenção.

“A
TAM informa que a segurança é um valor inegociável do Grupo LATAM e as
otimizações de custos que a companhia vem realizando não colocam em
risco a operação. Portanto, o Grupo LATAM desmente veementemente
qualquer informação que possa contrariar esta premissa”, disse a TAM.

 
Os trabalhadores solicitam que sejam tomadas providências sobre a tentativa de substituição de pessoal técnico, com licença para trabalhar em aviões, por encarregados de operação de plataforma, criados somente para baixar custos de manutenção, inserido nos famosos planos de terceirização que visam precarizar a mão de obra e reduzir custos. Abaixo, segue a carta na íntegra.

“Ao presidente da LATAM, Sr. Enrique Cueto

Nos dirigimos a V.Sa. a fim de comunicarmos nossa preocupação em respeito aos riscos que estão correndo sobre a vida e integridade das pessoas que voam nos aviões da LATAM.

O pessoal de manutenção representado por nossos Sindicatos  vê com preocupação, determinados feitos, que não respondem a meras coincidências,  senão a uma sequência de transgressões ao disposto nas regulamentações de cada país e muitas vezes às regras internas da LATAM, tais como a tentativa de substituição de pessoal técnico, com licença para trabalhar em aviões, por encarregados de operação de plataforma, criados somente para baixar custos de manutenção, planos de terceirização com empresas criadas somente para baixar custos a fim de não cumprir requisitos que não são observados na LAN e projetos, como o denominado MAR (projeto que visa eliminar a inspeção do mecânico quando o avião esta em transito substituindo por um funcionário sem a devida licença para realizar a função) e o SIMPLICITY que visa diminuir os postos de trabalho simplificando a atividade do mecânico e que altera as operações de controle de manutenção na Argentina passando para outra empresa da LAN no Chile ou as referidas cartas que são entregues a alguns  mecânicos, predizendo o tempo que cada mecânico levará para reparar um avião, sem ter em conta os imponderáveis que sempre se apresentam e gerando pressões e  propensão a falhas sobre o pessoal de manutenção.

Isto posto, consideramos que a política de segurança de voo da empresa está severamente prejudicada por políticas de redução de custos de manutenção, já em vigência em alguns casos e em vias de implementação em outros.

Em incontáveis ocasiões, advertimos aos responsáveis das áreas de manutenção das empresas, sem sermos ouvidos, pelo qual nos isentamos de qualquer responsabilidade por problemas que vierem a ocorrer, responsabilizando a V.Sa. em caso de acidente por problemas técnicos.

Mecânicos de aeronaves de toda a América do Sul da LATAM”​

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