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A margem EBIT ajustada foi de 5,6%, enquanto o lucro líquido consolidado caiu 44% para 1,2 bilhão de euros
Em meio a um dos momentos mais conturbados da história da indústria do turismo, em função da pandemia do coronavírus, o Grupo Lufthansa divulgou seus resultados financeiros para o ano fiscal 2019/2020 encerrado neste mês de março. O EBITDA ajustado chegou a 2 bilhões de euros no período de dificuldades econômicas, em linha com as previsões da companhia, apesar dos encargos registrados nos últimos 12 meses.
Os principais fatores responsáveis pelo declínio do EBTIDA foram o aumento de 600 milhões de euros em custos de combustível e a desaceleração econômica, especialmente nos mercados domésticos. A receita do Grupo Lufthansa em 2019 cresceu 2,5% para 36,4 bilhões de euros. A margem EBIT ajustada foi de 5,6% (ano anterior: 8,0%), enquanto o lucro líquido consolidado caiu 44% para 1,2 bilhão de euros (ano anterior: 2,2 bilhões de euros). Por fim, as receitas unitárias de passageiros nas aéreas do grupo caiu 2,5%, enquanto os custos cairam 1,5%.
Coronavírus
Diversas medidas foram tomadas pelo Grupo Lufthansa para tentar conter a crise causada pela pandemia do coronavírus. Entre elas, reduções de capacidade de longo alcance, mecanismo de “trabalho em curto prazo” nos mercados domésticos e suspensão de dividendos. O chairman do Conselho Administrativo da Deutsche Lufthansa AG, Carsten Spohr, comentou sobre o atual momento em que vive o planeta.
“A disseminação do coronavírus colocou toda a economia global e nossa empresa em um estado de emergência sem precedentes. Ninguém pode prever as consequências. Temos que combater essa situação extraordinária com medidas drásticas e às vezes duaras. Quanto mais durar a crise, maior a probabilidade de que o futuro da aviação não possa ser garantido sem auxílio estatal”, disse Carsten Spohr.
O Grupo Lufthansa foi obrigado a levantar fundos adicionais de cerca de 600 milhões de euros nas últimas semanas. Em termos atuariais, o Grupo possui liquidez em torno de 4,3 bilhões de euros. Além disso, existem linhas de crédito não utilizadas de cerca de 800 milhões de euros. Atualmente, outros fundos estão sendo arrecadados. Entre outras coisas, o Grupo Lufthansa utilizará o financiamento de aeronaves para esse fim.
E devido as restrições em diversos países e o colapso na demanda, o Grupo Lufthansa foi obrigado a fazer cortes drásticos em suas operações. Do mesmo grupo, a Austrian Airlines anunciou a suspensão de todas suas operações entre 18 e 28 de março por conta do aumento das restrições de viagens internacionais e queda repentina da demanda em função do coronavírus (Covid-19). A última viagem será o voo de retorno de Chicago para Viena. Os planos iniciais de retomar os voos a partir do dia 29 de março podem ser adiados.
